miércoles, 11 de marzo de 2009

Urbanismo II


O urbanismo, como ciência multidisciplinar, não pode ser privilégio do exercício profissional dos arquitetos. Está claro sua transcendência a outras áreas do conhecimento, como a geografia, a engenharia e a sociologia por exemplo.

Me parece, que pelas posturas do código de ética profissional do sistema CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), no Brasil, as atribuições de atuar como urbanista estão limitadas aos Arquitetos Urbanistas e aos simplesmente Urbanistas (que nesse caso só na UFBA é que existe tal curso), o que me parece um tanto limitador à atividade.

Talvez, aí esteja o grande motivo do fracasso urbano brasileiro – quer dizer: cidades que crescem de forma muito mais espontâneas do que aquelas que tem uma planificação urbana mais rígida e um governo municipal mais responsável pelo que em suas cidades ocorrem.

A falta de outras disciplinas, além da arquitetura simplesmente na questão do urbanismo, talvez seja a responsável por “erros” crassos como, por exemplo, a responsabilidade das calçadas nas cidades brasileiras, que é do proprietário e não do erário público, do transporte público ser uma concessão privada e não público de fato, do planejamento pouco sustentável e muitas vezes mal gerido das periferias das grandes cidades, além da falta de planejamento mais responsável do uso do solo...

A interdisciplinaridade promove a discussão de assuntos sobre várias óticas e que na questão das cidades (urbes) só existem vantagens, pois ali estão em jogo diversos interesses, mas acima de tudo, um sentido comum de cidadania deve ser preservado e não é simplesmente com uma classe profissional, que se pode tratar desta questão, pelas próprias limitações de atribuições profissionais da mesma dada a complexidade da tarefa.

O urbanismo é de todos os cidadãos, de todas as profissões, quando tratado com reservas a arquitetos produz uma perda imensa da qualidade e restam efeitos à urbe.

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