Como forma de comemorar as cinqüenta publicações, extrai e publico abaixo, dois parágrafos do primeiro capítulo do livro “O Despertar dos Mágicos”, que quando li aos 16 anos me fascinou pela proposta científico-paralela, algo mais como alquimia do que como ciência. Um livro que fala de filósofos, cientistas e da dicotomia entre os que pensam e os que simplesmente atuam quase que por reflexo.
Talvez, assim colocados, dois parágrafos nada representem, mas o livro em sua totalidade é muito interessante. Ali se fala da terra oca, do gelo eterno e do fogo eterno e de tantas outras metáforas da ciência que “merece a la pena lerselo”. Fica como uma sugestão.
...Como poderia um homem inteligente, hoje em dia, não se sentir apressado? "Levante-se, senhor, pois tem grandes coisas a fazer!" Mas é necessário levantarmo-nos cada dia um pouco mais cedo. Acelerai os vossos aparelhos de ver, ouvir, pensar, recordar, imaginar. O nosso melhor leitor, para nós o mais precioso, devorar-nos-á em duas ou três horas. Conheço alguns homens que lêem com o máximo proveito cem páginas de matemática, filosofia, história ou arqueologia em vinte minutos. Os atores aprendem a "colocar" a voz. Quem nos ensinará a "colocar" a atenção?...
...Atualmente, em todos os domínios, todas as formas da imaginação estão em movimento. Exceto nos domínios onde se desenrola a nossa vida "histórica", obstruída, dolorosa, com a precariedade das coisas condenadas. Um fosso imenso separa o homem da aventura da humanidade, as nossas sociedades da nossa civilização. Vivemos à base de idéias, de morais, de sociologias, de filosofias e de uma psicologia que pertencem ao século XIX. Somos os nossos próprios bisavós. Contemplamos a subida dos foguetes em direção ao céu, sentimos a terra vibrar devido a mil radiações novas, chupando o cachimbo de Thomas Graindorge. A nossa literatura, os nossos debates filosóficos, os nossos conflitos ideológicos, a nossa atitude perante a realidade, tudo isto dormita atrás das portas que acabam de ir pelos ares. Juventude! Juventude! Ide dizer a toda a gente que as entradas estão abertas e que o Exterior já penetrou!...
Louis Pauwel e Jacques Bergier
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