lunes, 23 de marzo de 2009

Por que deveria crer?

Já não consigo crer em mais nada. Tudo parece sempre uma enganação. Não posso viver pensando que todos nos fazem de bobos, mas é só o que podemos pensar. Os ecologistas, maior parte deles tem carro e o utilizam diariamente. O escritório do Greenpace em Londres, que tive oportunidade de conhecer através do contato com Phil Aikman, em Canonbury Villas, N1 2PN é todo ele aquecido por um sistema normal e se fosse diferente “ecológico”, ainda assim seria politicamente incorreto talvez...

As associações beneficentes que fazem um tremendo alarde em denunciar a pobreza e a fome no mundo, têm diretores que cobram salários iguais aos banqueiros e das arrecadações que fazem pelo mundo todo, muito pouco chega realmente em benefício aos que precisam, pois o dinheiro é gasto de maneira um tanto quanto contraditória ao longo de seu “caminho” até o destino final.

A sociedade científica, que poderia então contrariar a minha "teoria" da enganação, é hipócrita e também vale o faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Os das ciências Sociais pregam que o mundo “pósmoderno” está perdendo dia a dia suas relações sociais, mas para que estes senhores com os quais muitas vezes encontramos com freqüência nos corredores da universidade nos dêem um bom dia, já é outra história. Os das ciências biológicas, alienados em um mundo que o poder está em mãos das grandes indústrias farmacológicas, são peças de um jogo de interesses.

As seitas religiosas, todas, sem exceção, igual que associações beneficentes, tem um caixa forte gigantesco e em nome do “senhor”, tomam o dinheiro dos fiéis. Isso vai desde a Igreja Católica, ao Candomblé, do Islamismo ao fetichismo e do Budismo às Igrejas Evangélicas. Não consigo ver nenhuma que seja diferente.

Os governos – de direita de centro ou de esquerda, em maior ou menor medida, só pensam em manterem-se no poder. O poder, a riqueza e hoje em dia também a beleza, são fatores que ninguém quer dispensar. Atuam sempre em favor de grupos que no caso da direita para esquerda tende a ser do menor para o maior em quantidade e do maior para o menor financeiramente, mas em todos os casos, não fazem política abrangente.

Entre ONG’s, seitas religiosa, a comunidade científica e os políticos existe um conjunto de forças, cuja resultante é a minha descrença total com respeito a tudo e a todos. Não sou mais capaz de acreditar que as ações de um ou de outro, mesmo que reativas quando de uns respeito aos outros, possam fazer com que realmente estejamos avançando no que possa ser chamado um mundo melhor.

Assim, não contem muito comigo para nada, que vou levando minha “vidinha”, não acreditando em mais ninguém, a não ser em algumas poucas pessoas, que não representam isoladamente nenhum grupo ou seja nenhuma “tese” concreta.

1 comentario:

  1. ESpero que pelo menos acredite em uma virada do Paraná Clube nesta fase do campeonato pois, de resto, faço coro com você, está difícil acreditar em alguém ou alguma coisa. Aliás, tem um livro interessante, "No que crêem os que não crêem", uma troca de correspondência entre Umberto Eco e o Cardeal Martini. O subtítulo é "Um diálogo sobre a ética no fim do milênio" e dá uma boa dimensão de CRER em alguma coisa. E o título é muito bom. Tem uma versão online em http://www.esnips.com/doc/fcc9acd9-fb1d-4c00-87e8-d04327d79668/Umberto-Eco---Em-que-creem-os-que-nao-creem-(rev)

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