lunes, 26 de octubre de 2009

33 anos passados…


Em outubro de 1976 começa esse assunto. A mim sempre parece que foi em 75 ainda no cursinho, quando passava pela Cruz Machado e ela esperava o ônibus do colégio na esquina com a Visconde de Nácar. Fato é que na festa do estúpido cupido no Círculo Militar, nos beijamos e não mais nos deixamos quase...

lunes, 19 de octubre de 2009

Negligência.



"Falta de cuidado ou de interesse por algo ou alguém" (DRAE).


É como podemos taxar o comportamento da direção da URBS, com relação segurança dos pedestres, no caso das lombadas eletrônicas que se encontram desligadas.

Temos um estudo específico sobre atropelos na cidade de Madrid, publicado em um Congresso Internacional (Walk21 - 2008) em que um dos fatores de risco é justamente situações como a em questão. O pedestre se sente seguro em atravessar no local, mas o motorista por não perceber a lombada, não reduz a velocidade. “Os acidentes não ocorrem por acaso” e o desenho urbano e falta de percepção do risco são potenciadores dos atropelos. Por favor: solucionem o problema. Nesta situação o pedestre está super-exposto!

Estamos viajando a Curitiba amanha. Uma entre os milhares de atitudes que teremos que tomar será a de interpor uma ação junto ao ministério público para que a questão deixe de ser tratada com negligência – como a matéria da Gazeta do Povo denuncia – por parte do órgão responsável (a URBS) e que se tomem medidas urgentes no sentido de salvaguardar aos peatones.

Faremos barulho...

sábado, 17 de octubre de 2009

Velho porém vigoroso.


Esse é o Metro de Madrid, que hoje faz 90 anos desde que foi inaugurado. Em 17 de outubro de 1919, Madrid tinha 600 mil habitantes e nos dias de hoje o metrô transporta 2,5 milhões de passageiros diariamente.

Quarto no mundo em extensão da rede e terceiro no número de estações, segue modernizando e hoje em dia, mais de 75% da população tem uma estação a menos de 600 metros de sua casa.

Hoje, é comandado por um complexo sistema de controle (CBTC), totalmente desenvolvido pela própria engenharia de tráfego do metrô que é um dos se não o mais moderno sistema de controle do mundo.

Serve como referencia à técnicos do mundo inteiro e está sendo objeto de consultoria para cidades americanas como Denver por exemplo. Seu objetivo futuro é o de torná-lo cada vez mais acessível, complementando as instalações de elevadores em todas as paradas e aumentando o número de escadas rolantes nas estações, quesitos nos quais, o Metro de Madrid já é o líder mundial, com 1.619 escadas rolantes e 458 elevadores.

Eu sou fã de carteirinha, utilizo diariamente e para deslocar-me por Madrid, não existe nada melhor. Talvez quando muito, somente um carro particular com motorista, pois até mesmo o TAXI, sofre uma concorrência forte, de igual para igual com este “velho senhor”.

Parabéns, feliz aniversário e muitos anos de vida! Viva o MM!!!!

martes, 13 de octubre de 2009

Remédio para Curitiba:


A realidade tem que ser encarada. Sem subsídios e penalizações, não vamos melhorar a situação jamais. O que então é necessário para melhorarmos o trânsito em Curitiba?

Primeiro: Melhorar o transporte público, dotando o serviço da condição de integração temporal em toda a RIT, ou seja: - Uma vez que o cidadão embarque em um ônibus, ele terá um determinado tempo a partir de haver “ticado” seu cartão ou ticket de transporte, (que em outros países costuma ser de 75 a 90 minutos este tempo, que evidentemente estudos específicos irão dizer qual o tempo necessário para a realidade local) durante o qual, ele poderá trocar de linha de ônibus, sem pagar outra passagem. Assim, toda a rede ficaria realmente integrada. O Cidadão poderá desembarcar de um ônibus, caminhar quatro ou cinco ou 10 quadras e embarcar em outro. Nesse meio tempo, poderá fazer um lanche, ir ao banco etc..., só não poderá retornar pela mesma linha, nem tão pouco seguir viaje.

Segundo: A melhora do transporte coletivo, passa também pela necessidade de melhorar a caminhabilidade de toda a cidade. Nossas calçadas (quando existem) são péssimas. A cidade tem todo um desenho, uma legislação, etc. que jamais se preocupou em atender às necessidades das pessoas em caminhar. A maldita pedra irregular, que reveste a grande parte das calçadas do entorno central da cidade, é um material criminoso. Com calçadas melhores, a caminhabilidade e a acessibilidade, serão favorecidas e com isso, as pessoas se animarao a ir ao ponto de ônibus e quando dele saltarem, em caminhar até seus destinos.

Tereceiro: Criar uma rede de ciclovias, que desemboquem nos terminais da cidade, com estacionamentos (bicicletários) e empréstimos de bicicletas junto a eles. Esse item, é igualmente praxe nas cidades européias e tem demonstrado uma eficiência tremenda na redução do uso do automóvel, além das conseqüências da melhoria ambiental (qualidade do ar, níveis de ruído) e da sociabilidade, pois em bicicleta, se pode facilmente ir conversando descontraidamente, com seu vizinho...

Quarto: Aplicar subsídios ao transporte coletivo e na medida do possível torná-lo público. Subsídios estes, com origem em impostos já existentes e com a criação de novos tributos em cima dos combustíveis da linha leve (álcool e gasolina), fazendo com que o usuário do veículo privado, contribua com o sistema de transporte coletivo, não impondo restrições ao seu uso, mas sim imputando algum tributo que seria revertido em favor do sistema coletivo. Com isso, poderia haver inclusive a migração de usuários do automóvel privado ao transporte coletivo e subseqüente redução dos congestionamentos e melhorias sócio-ambientais derivadas desse fato. Quem sabe possamos um dia ainda ter o transporte público e gratuito?!.

Quinto: Adotar para a Zona Central de Tráfego, (ZCT) - Decreto Municipal n.º 934, de 11 de setembro de 1997, que tem seu perímetro delimitado pelos seguintes logradouros públicos: Partindo da Rua Augusto Stellfeld,esquina com A Rua Francisco Rocha, segue por esta até a Praça Do Japão, contornando-a ate a Avenida Republica Argentina, segue por esta ate a Avenida Silva Jardim, por esta até a Rua Mariano Torres, por esta até a Avenida Presidente Affonso Camargo por esta até a Rua Ubaldino do Amaral (Viaduto Capanema), por esta até a Rua Conselheiro Araújo, por esta até a Rua Luiz Leão, por esta até a Avenida João Gualberto, por esta até a Rua Ivo Leão, continua pela Rua Lysimaco Ferreira da Costa, por esta até a Rua Nilo Peçanha, continua pela Rua Trajano Reis ate a Rua Jaime Reis, por esta até a Alameda Dr. Muricy, por esta até a Rua Augusto Stellfeld, por esta até a Rua Fernando Moreira, por esta até a Rua Desembargador Mota, por esta até a Rua Augusto Stellfeld e por esta até Rua Francisco Rocha, o pedágio urbano para veículos, dotando seus limites de estacionamentos dissuasórios.

Sexto: Campanhas publicitárias massivas, incentivando o uso do transporte público, do caminhar e da bicicleta em lugar do veículo, evidentemente após haverem sido melhoradas as calçadas, criada a rede de estacionamento de bicicletas e pontos de empréstimo nos terminais, integrado o sistema de maneira não física e sim temporal, melhorado a comunicação e a informação sobre as linhas de ônibus, horários e freqüências dos mesmos nos pontos de ônibus, implantada a tributação e a desoneração do custo das passagens através dos subsídios e o pedágio urbano no centro.

Sétimo: Em casos mais extremos, poder-se-ia adotar a limitação de novas licenças ou emplacamentos a veículos particulares, até mesmo a limitação total por algum tempo, pois não se emplacando novos veículos, não haveria o crescimento da frota local. Esta medida, é dura e antipática e nem por isso, quer dizer que evite que se licenciem veículos em cidades vizinhas e que sejam de moradores de Curitiba, mas se de repente todos os municípios vizinhos adotassem a mesma política???...

domingo, 11 de octubre de 2009

Cidades passeáveis


Quando falamos em caminhabilidade ou passeabiliadade, muitos interpretam isso como futilidade, pois o passear se pode associar facilmente ao ir-se a algum lugar sem motivos, passear, é algo sem compromissos...

Não é bem esse o significado da expressão ou termo. Já definimos o conceito e tem que ver em verdade com o grau de qualidade que tem a cidade, o bairro ou a rua ou praça em acolher os deslocamentos dos cidadãos que em principio deveriam ser feitos a pé.

Assim, estão em jogo as possibilidades de interações entre os cidadãos, mas também a qualidade física do passeio. Sua superfície, ou seja, por onde caminham as pessoas.


Existem vários critérios que podemos adotar para avaliar este quesito, que é apenas um dos componentes da caminhabiliade pois, além disso, está o meio ambiente, como a presença de pontos de atração (lojas, cafés, locais de trabalho, bibliotecas, etc..) e claro a possibilidade de encontrar pessoas e de contato social (conhecidos e não conhecidos).

Ainda a questão ambiental propriamente dita como a presença de árvores ou marquises (que moderam o vento, o sol, a chuva) e o nível de contaminação acústico e de poluição atmosférica.

Cidades humanas são aquelas em que a sociedade caminha, se mistura e se dissemina a cultura do convívio harmônico entre todos seus cidadãos. Claro que a cultura imposta pela sociedade atual e as diferenças sociais quando acentuadas, são fatores a serem superados para que possamos chegar a este nível.

No caso de Curitiba, vale lembrar, que a péssima qualidade do meio físico como a superfície ou o revestimento das calçadas, já de largada, funciona de maneira negativa para que se possa alcançar um índice de passeabilidade que se possa dizer aceitável.

Uma condição adquirida ao longo do tempo, que foi ainda mais acentuada com a promulgação da lei que determina a responsabilidade de fazer, manter, etc. à calçada por conta do proprietário, deixando assim a possibilidade de descontinuidade (ao menos dos padrões de qualidade), de morador a morador.

Imaginem se a rede elétrica das ruas fosse assim também: - cada morador fizesse em frente de sua casa, como seria a situação?!... Parece absurdo, mas é exatamente a mesma coisa. O que está no meio público deve ser de responsabilidade dos serviços públicos. Nunca chegaremos a ter uma boa caminhabilidade se não tivermos boas calçadas.

Tivemos a oportunidade de trabalhar no projeto chamado “walkable cities” ou as “cidades passeáveis”, que foi coordenado pelo Dr. Júlio Pozueta Echavarri na ETSAM/UPM, que estudou e propôs um manual para o desenho de novos espaços urbanos que tenham como qualidade a caminhabilidade, sendo essa talvez (ou sem dúvida) a principal qualidade física que se pode dotar um local para acolher as atividades humanas, ou seja o espaço público.

Neste trabalho, cujo manual será publicado em 2010 pelo CEDEX, foram realizados vários experimentos com uma gama de variáveis sobre o comportamento e as respostas em função das qualidades físico-sociais dos espaços urbanos e estou seguro que devemos seguir na direção destes resultados.

viernes, 9 de octubre de 2009

Nobel da paz


Divulgado hoje, penso que o Barack Obama é merecedor de apoio por sua imensa vontade de efetivar uma nova política tanto interna como externa a esse “mastodonte” que é os Estados Unidos, mas creio que John Lennon e Mahatma Gandhi, devam ter se contorcido em suas tumbas, com esse Nobel da paz...

Temos que ter claro, que os Estados Unidos, segue produzindo armas (inclusive nucleares), segue ocupando o Afeganistão e o Iraque em suposta missão de paz e segue sendo o país que mais polui o planeta, além de internamente ter uma política social completamente nula e economicamente segregacionista.

Quem sabe se ao dar fim a esses problemas, o cidadão que tem a “caneta” mais poderosa do planeta, não merecesse dito premio, mas na verdade, até agora o que existe são boas intenções e como diz um velho ditado: “De boas intenções o cemitério está cheio”.

Fica aqui meu repudio. Sou fã do Obama e penso que ele é a esperança de mudanças no paradigma da política norte-americana, tão cruel, desumana e egoísta que foi praticada desde sempre, mas antes de resultados práticos???...então fico com Lennon e Gandhi...

jueves, 8 de octubre de 2009

El valor del shopping



Este texto, trata de uma análise reflexiva, sobre o shopping center e seus principais trunfos (ar condicionado, escadas rolantes e a reproduçao da natureza). Foi escrito baseado em estudos do arquiteto holandes Rem Koolhaas pelo colega Ricardo Alvira. O que apresento é uma resenha da análise. É bastante interessante...


Ha llegando - el shopping - a equipararlo con “actividad publica”, e incide en como ha sido capaz de colonizar casi todos los aspectos de al vida urbana, produciendo una transformación implacable de la misma.

Define tres elementos que han sido clave para posibilitar el desarrollo del shopping hasta llegar a los niveles de influencia actuales:

- el aire acondicionado. “Históricamente el shopping ha tendido a independizarse del exterior, considerando a la naturaleza una impredecible interferencia con el despliegue del comercio”

- la escalera mecánica. “....las escaleras mecánicas modifican radicalmente la arquitectura negando la relevancia de las compartimentaciones y los pisos ....”

- la reinterpretación de la naturaleza. “en este paisaje del shopping, la naturaleza –la inversión ideológica de la cultura ha sido convertida en mercancía”

La importancia que ha dado el shopping a “aprender de nosotros mismos”, mediante dispositivos de seguimiento que registran nuestras vidas con todo detalle de información.

“Los pasajes siguientes son una serie de ensayos, análisis estadísticos y reflexiones que en conjunto reflejan las técnicas, las ideologías, la gente, los inventos y los espacios con los que el shopping ha rehecho la ciudad de un modo tan eficiente”.


aire acondicionado

“solo el aire acondicionado puede hacer tan naturales y cómodos espacios interiores sin ventanas, sellados y artificiales”

“Junto a las escaleras mecánicas, el clima generado por medios mecánicos ha hecho explotar la profundidad de los interiores, creando espacios cada vez más desvinculados del exterior, de los que resulta difícil escapar, que son cada vez más capaces de alojar todas las actividades humanas, casi en cualquier tipo de combinación”

“Con la invención del aire acondicionado, la luz natural y el aire exterior pudieron dejarse atrás y quedar obsoletos, ..... “

“(...) en el periodo de posguerra (....) la refrigeración mecánica llego a asumirse como una necesidad ineludible. De hecho, el aire frío resultó ser tan fundamental, que la temperatura iba a convertirse en una de las piezas constantes en los espacios del shopping”.

“En 1929 la revista Heating, Piping and Air Conditioning, declara que los edificios sin ventanas: ya imaginados por algunos y posibilitados por el aire acondicionado y la iluminación artificial, se harán realidad con toda seguridad ..... se les debería recordar a los que reivindican el aire fresco de las ventanas abiertas, que eso no existe en la ciudad congestionada ...... Así que el aire acondicionado ha llegado para garantizar cada día lo mejor en confort atmosférico, cosa que la naturaleza ofrece muy de vez en cuando .....”

A medidados de los 50, Victor Gruen invento la primera galeria comercial (mall ) en los Estados Unidos. Lo extremo del clima en Minnesota, le hizo plantear la ventaja de crear un espacio de condiciones climáticas controladas, donde poder desarrollar la actividad comercial. En un articulo de un peridocio se puede leer “A controlled climate for shopping”....

“aire acondicionado = interior infinito”


escalera mecánica

“máxima circulación = máximo volumen de ventas”

“con las escaleras mecánicas, reinos que habían permanecido desconectados pudieron ser comunicados de una forma fluida en una experiencia ininterrumpida ....”

“ las escaleras mecánicas siguen siendo un icono familia, ubicuo y eficiente que enlaza todas las actividades de un modo fácil y atractivo...”

“ Nada es tan esencial para la supervivencia del shopping como el flujo constante de clientes y productos ....”

“Moving products or people ... the principle is the same””

“escalera mecánica = continuidad”


naturaleza

“ Al final del S XX, alcanzando una escala (....) que le hace funcionar más como paisaje que como arquitectura, el shopping compone entornos atractivos en los que el sonido, el olor, la luz, el aire e incluso las plantas han sido manipulados para conseguir la respuesta deseada de los clientes ....”

“ .... la naturaleza atiende a los procesos más artificiales ..... “

“ la naturaleza es hoy Replascape –paisaje reemplazado- ; un paisaje que usa ese aura de lo natural que nos resulta familiar para disfrutar la mecánica de lo compuesto sintéticamente”

“Utilizando lo conocido para propagar la distracción sensorial, se deteriora el sentido critico del comprador y se erosiona su resistencia a gastar ... “

“existe una nueva naturaleza tecnológicamente modificada (....) reconstruida para mimetizar la naturaleza original, ser una replica del paisaje y ser entendida como una versión del paisaje intensificada tecnológicamente ...”

“naturaleza no es igual a natural”



miércoles, 7 de octubre de 2009

Kingston Upon Thames



Um antigo povoado agrícola em seu remoto passado e logo coma revolução industrial passa a abrigar fábricas como já no século XX de aviões militares, hoje tem como foco a Universidade e sua atitude passeável.

O coração da cidade, junto ao antigo edifício da municipalidade, encontra-se diariamente o mercado de frutas e verduras, além de pequenas lojas e mais às margens do Tamisa, áreas de laser, restaurantes e pontos de encontro.


Ainda nessa zona centra, existe um centro comercial, que foi inaugurado no final doa anos 90 por Sir Peter Hall, o Bentalls, com um conjunto de lojas de grandes cadeias inglesas e atividades como cafés, um teatro, uma biblioteca e algumas salas de projeção.

Comunicada com o centro de Londres por ônibus, dispõe de uma grande rede de ciclovias, que além de promover a fácil mobilidade local, também se integram à grande malha londrina e promove o acesso ao qualquer ponto da cidade, inclusive o centro.

É na verdade, apreciando a locais que evoluíram desta maneira, que podemos imaginar e propor situações concretas de bons exemplos construídos, que ao longo do tempo souberam reinventar-se, mantendo uma dinâmica territorial sadia e atualizados e que nos dias de hoje nos parece bastante sustentável.

martes, 6 de octubre de 2009

Massena Nord



Uma "dica" que me foi dada pelo amigo, arquiteto Patxi Lamiquiz, quando estava a ponto de ir a Paris, foi esta intervençao urbanistica que trago algumas imagens e parte do texto que el (Patxi) me enviou como argumento e roteiro para minha visita.




“Illot ouvert” (quadra aberta) é o modelo teorizado pelo arquiteto C. de Portzamparc a partir dos anos 80 e aplicado em “Massena Nord”, uma parte da grande atuação pública de renovação urbana residencial e terciária “Paris-Rive Gauche”. Ainda que não tenhamos demasiado comercio, as ruas parecem convencionais e as quadras também (estão delimitadas por alinhamento continuo), o interessante é que o entorno criado tornou-se urbano, atual e, sobre tudo, variado e interessante para o “peatón”: a edificação oferece diversidade, contrastes, o passo do grande ao pequeno ou a alternância de regular e o singular, ao mesmo tempo em que o conjunto mantém sua unidade. Justo ao contrario de outros exemplos de novos bairros desenhados por grandes arquitetos em que os edifícios atuam como cantos ensimesmados, sem ou com quase nenhuma relação com a rua ou com os outros edifícios.

Sem duvida tem muito que ver outro aspecto destacado deste plano: a coordenação por parte de Portzamparc dos projetos dos 30 arquitetos que intervieram. Aprecia-se “in situ” na persistência de alguns traços comuns a todos os projetos. Por exemplo, na variedade volumétrica, que não é casual senão que se regula quadra a quadra para que a edificação seja de altura variável ou se decomponha em corpos. O respeito ao espaço livre interno das quadras, onde se prioriza sua configuração e sobre tudo sua conexão visual com a rua, ao mesmo tempo em que permite o acesso desde varias ruas. Também com respeito à transparência, pois nos muros e fechamentos dos terrenos, plantas baixas e portais se repetem bons exemplos de como tornar visível o interior da arquitetura desde a rua, inclusive em edifícios residenciais.

Caminhabilidade II


Caminhabilidade: é uma qualidade do lugar. O caminho que permite ao “peatón” uma boa acessibilidade às diferentes partes da cidade, garantindo às crianças, aos idosos, às pessoas com dificuldades de locomoção e a todos. A caminhabilidade deve proporcionar uma motivação e induzir mais pessoas a fazê-lo, restabelecendo suas relações interdependentes, com suas ruas e bairros e comprometendo-se pessoalmente para reconstruir seu local físico e social e infra-estruturas, tão necessários à vida humana e a ecologia das comunidades.

A busca por uma cidade sustentável deverá sem dúvida considerar a recuperação da caminhabilidade como um objetivo na mobilidade e na acessibilidade, pois caminhando nos encontramos com os vizinhos, com pessoas de outros lugares, não contaminamos o meio ambiente e muitas vezes, chegamos ao destino mais rapidamente que se utilizássemos o automóvel e até mesmo o transporte público.
Em Curitiba enfrentamos marcos legais, que através de leis (em específico a Lei n° 8.365/93 – “Dispõe sobre a construção, reconstrução e conservação de passeios, tapumes, estandes de venda e vedação de terrenos”) que imputa a obrigação de construir e manter o passeio ou calçada ao proprietário, bem como de outras naturezas, como o fato de nem sequer os empresários de ônibus darem-se conta de que é caminhando que se vem ou se vai ao ponto de ônibus uma vez que o transporte público não é “porta-a-porta” e não terem eles (SETRANSP) também, nenhuma estratégia ou lobby para modificar essa esdrúxula lei que seria em principio de interesse de seus negócios.

Assim, vamos vivendo em uma cidade injusta, que em meu trabalho de Suficiência investigadora (Curitiba: Verdade ou mentira?), consegui demonstrar que na cidade, tudo sempre foi fachada e interesses de grupos – nada mais que isso – e andar a pé e pegar o ônibus é coisa de pobre, que nem bem imposto paga (mentira, pois é talvez o que mais pague) e, portanto que se dane: Essa há sido e me parece que continua sendo a tônica e forma de pensar do executivo e de grande parte do legislativo municipal.

Calçadas “caminháveis” e de responsabilidade da PMC, bem como o protagonismo da cena urbana por parte das pessoas e não do automóvel, não me parece ser demasiado absurdo querer e ao contrário me parece bastante justo pois sem o pedestre se perde o verdadeiro valor cenográfico da cidade e em conseqüência, a própria imagem da mesma...

viernes, 2 de octubre de 2009

Nova ordem.


O Rio de Janeiro venceu merecidamente a votação para ser sede da olimpíada de 2016. Como Lula bem disse, “chegou a nossa hora”. Eu tenho comigo a certeza, que o Brasil está entrando nos trilhos e que se ainda falta a honestidade dos políticos que seguem enriquecendo ilicitamente às custas do “tráfico” de informações privilegiadas e que isso implica na seriedade dos empresários que se espelham nos políticos e que os bancos lá são os mais safados de todos, por outro lado, estamos recuperando a credibilidade.

Já não temos o histórico e vergonhoso salário mínimo de 80 dólares, que perdurou por décadas e tão pouco temos políticas excludentes aos pobres, embora exista um certo paternalismo nas ações sociais, mas o país, começa dar sinais de saúde.

O Brasil, que na pessoa do Lula, projeta uma imagem séria, começa a assumir o seu papel. Os brasileiros, que nos organizemos, pois o “sapo” começa a caminhar mais rápido que o povo. Se não formos capazes de eleger bons parlamentares em todas as esferas, seguiremos alimentando esse câncer social da corrupção política, que já começa a dar os primeiros sintomas de enfraquecimento.

A dita nova ordem mundial não podia, embora considerasse, imaginar o Brasil decolando da forma que está. Seremos em menos de 10 anos a quinta maior economia do planeta. Teremos que avançar rapidamente no campo social, para não sermos uma Rússia e nem tão pouco um país como os Estados Unidos: Gigantes e cheios de problemas.

Se os “yankees” são o espelho da riqueza, tem por outro lado problemas de assistência social que não desejo a nenhum país e os “camaradas” seguem tendo enormes diferenças sociais que também são pouco desejáveis.

O Brasil tinha na candidatura do Rio, a possibilidade como bem disse o Lula, de superar a última barreira da discriminação mundial ao Brasil, a de ser sede olímpica. Hoje, meu esquecido e já desprezado lado brasileiro, voltou a sentir orgulho. Viva o Rio 2016 e a nova ordem social, esta sim irrefutavelmente não terá mais volta a traz.

Ban-di-di-do-dos…


Estamos na expectativa do COI para a eleição da cidade sede da olimpíada de 2016. O Rio de Janeiro surge como favorita: - A primeira oportunidade de uma sede na América do Sul. Saudar uma dívida quase que continental. Apoiar a um país que tem elevadas taxas de crescimento econômico e de melhoras sociais, bem como fazer valer a beleza da cidade do Rio.

O grande problema seria os casos de violência, que sucedem ali: - Tiroteios, guerras de rivais pelo controle do tráfico entre outros. Mas, fazendo um paralelo entre a visão de Hugo Chaves e Muaamar Khadafi, que dizem: “devemos rever a definição do terrorismo” , que nisso estou plenamente de acordo.

Eles advogam (e eu concordo) que atos de defesa das questões sociais e culturais de povos reprimidos por forças capitalistas ou religiosas, sejam estes atos violentos ou não, uma vez que são reativos e não ativos, não podem ser classificados de terrorismo.

Assim, vamos analisar a situação do tráfico e da violência no Rio:

Realmente, mais que tudo no Brasil, as guerras urbanas são responsáveis (juntamente com os acidentes de transito) pelo maior numero de mortes. Se juntarmos todas as mortes ocasionadas por todos os tipos de câncer, mais os infartos e mortes cardíacas, ainda assim é café pequeno, perto da violência (trânsito + guerra urbana).

Bandidos são fruto da necessidade, igual que o terrorismo (conceito atual), que se não for resolvido o problema ação (que é da classe dominante para a classe escravizada), sempre seguirá existindo e fomentando uma reaçao (que só se equilbra quando igual e em sentido contrário).

O tráfico de drogas é ilegal e criminoso porque a droga é proibida. Fosse livre o consumo, com pagamento de impostos, o que haveria seria uma fiscalização e não uma criminalização e o Rio, seria sem dúvida a “Cidade Maravilhosa”, mesmo que com problemas econômicos (em vias de melhoras) e de sua história de terceiro mundo.

Ban-di-di-do-dos por necessidade (Chico Science) e torcendo pelo Rio ainda que possa ser Madrid, Tokyo ou bem Chicago, mas a candidatura carioca, serviria de mudança do paradigma brasileiro com relação ao sub-mundo do crime, isso eu tenho a certeza!

jueves, 1 de octubre de 2009

Fin de las vacaciones…


Por primeira vez utilizei o “Eurostar” a maravilha do século XX, serviço de trens de alta velocidade que cruzam o Canal da Mancha através do chamado Eurotúnel, cujas obras de escavação foram concluídas em 1994.

Existem algumas direções que se pode tomar com o Eurostar, como Bruxelas ou Avignon, mas fomos mesmo até Paris (St. Pancras International – Gare Du Nord).
O trem trafega a 300 Km/h menos nos 54 Km do Eurotúnel onde faz a 140 Km/h.

Em apenas duas horas e quinze minutos se percorre a distancia que separa o centro das duas maiores cidades européias, coisa difícil de ser efetuada por qualquer outro modal, uma vez que em automóvel, temos que ou utilizar o mesmo Eurotúnel ou o siastema de Ferrys entre Dover e Calais e em avião, existem os deslocamentos centro aeroporto, além do check-in para embarque requerido de pelo menos uma hora.

Já havia tido outras experiências: Em outubro de 2008 em viagem entre Madrid-Barcelona com o AVE (alta velocidade da Espanha), que cobre os 750 Km em duas horas e 30 minutos (300 Km/h) e em trecho mais curto entre Madrid e Toledo (100 Km em 25 minutos).

Em países onde existem meios de transporte coletivos como esse, cada vez mais se pode dizer que o veículo particular é nos dias de hoje um absurdo, especialmente, quando se vê a coisa pelo lado das políticas públicas. “Governar é abrir estradas” já foi slogan de presidente, mas é burro egoísta e nada sustentável.

Talvez coisa de outras épocas, mas que no caso do Brasil, foi determinante em colocar a “pá de cal” no sistema ferroviário (especialmente no que diz a transporte de passageiros) e cidades como Curitiba mesmo, têm como missão, retirar os trilhos urbanos existentes (pois formam “barreiras” segundo a mentalidade do IPPUC) ao invés de aproveitar a existência dessas linhas e modernizar esse sistema com novos “tranvias”, tão em voga nas grandes urbes européias e interligar ao sistema da RIT.

Terminam as férias, mas seguem as críticas...