miércoles, 21 de enero de 2009

Nota de falecimento


Pois é, hoje, depois de alguns dias somente publicando assuntos ligados à España, voltarei a Curitiba, "in memoria" a um primo segundo, falecido nesse domingo passado.


Agacyr Darif (Nenê) ou simplesmente "o Darif", nasceu em 1923, no Armazém Darif, cujo primeiro proprietário e quem o construi foi meu avô (Lourenço Darif). - Construido em 1920/21, ficou terminado em julho de 21 e em 2 de setembro deste mesmo ano, recém mudados para a "nova morada", nesceu minha mãe (Zaide Darif), filha de Lourenço Darif e Thereza Deconto. Hoje o Armazém é uma pizzaria, inaugurada a pouco...


Alí, o tio João (Darif), irmão do meu avô, com a tia Adélia Deconto (aliás ela também era irmã de minha avó Thereza), que compraram em seguida o imóvel, viveram até morrerem e os filhos Altevir e Algacyr, seguiram com o negócio, que dos anos 70 em diante mal funcionava e só vendia mesmo cachaça e fazia o jogo do bicho. Com a morte do Algacir e o pouco movimento do negócio, Nenê fechou. Há uns 5 ou 6, anos vendeu a propriedade e nesse domingo 18 de janeiro faleceu.


Quem o conheceu nunca o esquecerá pois era um tipo "raro", com uma barba que nunca cortou, defensor da ditadura do Getúlio Vargas, vendia no caderno e tudo a granel. O "Armazém" foi objeto de várias publicações tanto em jornais, revistas, periódicos e livros pela inusitada situaçao que alí existia.


Os Darif, até quando se tem conhecimento, imigraram a Curitiba em 1886 e são oriundos de Valt (Beluno - Itália), um povoado que tem uma igrejinha e duas dezenas de casas, onde tive a oportunidade de visitar a casa natal de meu avô que veio ao Brasil com quatro anos de idade. Hoje vive ali a Paulina Folador e seus filhos (Sandra, Sergio e Fabiola) e netas (3 meninas filhas da Fabiola).


O falecimento do Algacyr, para mim, reperesenta a perda de um primo, que poucas vezes conversamos, mas todas foram muito interessantes e ricas em troca de relaçoes humanas. Assim que ficará para sempre muita saudades.

5 comentarios:

  1. Meus sentimentos pelo falecimento do ente. Não obstante o luto, é oportuno dizer que a foto é digna de prêmio.
    Grande abraço.

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  2. Beto,
    A série de fotos do armazém e de seus primos é parte da minha própria história, dos tempos em que juntos compartilhamos laboratório fotográfico, demos aulas para vários fotógrafos, discutimos temperaturas e densidades sobre as escalas logaritmicas, desenvolvemos técnicas sobre os Microdol e D-76, usando os HP-5 e Tri-X puxados a 6400 ASA. A granulação na foto do Nene Darif e o próprio são pedaços da história...
    Sinto muito pelo falecimento mas agradeço por retomar o fio da meada...
    Helio

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  3. Pois é Hélio,
    tempos de muita efervecência aqueles que sem dúvida, ficaram e ficarão em nossas memorias para sempre, como o próprio Algacyr. Como voce bem disse tudo isso já gfaz parte da história.

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  4. Sinto muito pelo seu tio. Vc diz que seu avô veio pra Curitiba com 4 anos, sabe algo sobre os irmãos dele, tem algum parentesco com Ferdinando ou Serafim? Desculpe a intromissão, fiquei curioso.

    Sérgio Darif

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  5. Sergio Darif:

    Se puder passar-me seu e-mail, agradeço e quem sabe possamos trocar algumas informaçoes sobre os Darif. Que como disse, da parte de meu avô Lourenço, foram a Curitiba em 1886 e se fixaram no bairro das merces.

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