Chegamos à España, meio que por acaso, pois vim passar um final de semana na casa de um amigo brasileiro que viera a Pineda de Mar (Barcelona), começar “uma nova vida”. Naquele momento em 2001, havíamos decidido deixar o Brasil para traz, algo que sempre havia relutado em fazer - voltar às origens européias, mas que havia chegado o momento. Tínhamos os filhos criados e entre os mil desafetos como fracassos empresariais, diferenças de opinião, finalmente, após janeiro de 1999, quando meu pai faleceu, tomamos a decisão de partir.
Foram dois anos de preparação para “desplugar-se” de toda uma realidade vivida. Acertar contas, desligar telefone, resolver os passivos, etc... Enfim, em janeiro de 2001, partimos para Londres, onde vivem meus sogros, que em princípio, seria uma parada estratégica, servindo como uma base de observação dos prováveis destinos. Voltar à Itália, nossa origem e onde temos família (irmã, tios, primos, etc...), a mim nunca me agradou muito, Portugal: talvez, España, já veríamos...
Foi então assim: Chegamos a Pineda de Mar em março de 2001 e dois dias depois eu já tinha um contrato de trabalho: “Repartidor” – Entregar pão – Era uma empresa de panifícios, a TAMENFO S.A. que supre uma rede de hotéis, hospitais e residências de terceira idade do litoral do Maresme. Ali ficamos até quando nos demos conta de que não conseguíamos encontrar um “piso” para viver, pois é uma região turística e não se alugam apartamentos por ano, com contratos, etc. e sim somente por semanas durante as temporadas (maio a setembro) e na casa dos amigos já não poderíamos mais ficar por motivos de convívio entre eles e conseqüentemente entre nós e eles... Fomos a Setubal em Portugal. Ali tinha um projeto pessoal de iniciar estudos na Universidade local, mas o destino nos fez voltar a Pineda. Então, já em final de temporada e sem muitas possibilidades de trabalho. Ali ainda fui “troquelador” em uma fábrica de embalagens e “camareiro” (garçom) em um hotel (Hotel Mèrce), que tenho muitas saudades deste período...
Passado isso, em 2002, me envolvi em um projeto que por diversas razoes não avançou - entre elas a maxidesvalorização do real talvez tenha sido a principal delas -, que seria o desenvolvimento de uma subsidiaria de um pequeno grupo de fabricantes de software de Curitiba, junto ao potencial mercado espanhol.
Em 2003, voltamos a Curitiba, onde pude trabalhar uma vez mais como engenheiro de origens rodoviárias, na área de planejamento de transporte público, mais especificamente no PIT/COMEC.
Tinha clara minha volta, terminado o projeto, para Madrid, onde já havia visto na ETSAM/UPM o doutorado que atualmente me encontro concluindo, mas, um probleminha de saúde (um melanoma cutâneo), me fez ficar uns meses mais por ali e finalmente em 2005, regressamos à España.
Desde ali, já trabalhei em 2 empresas construtoras, como “jefe de obra”, depois, na Universidade – no departamento de Urbanismo, em um projeto de pesquisa, que nos levou a apresentar um trabalho em um congresso internacional (Walk21 – Barcelona 2008), na Prefeitura de Madrid como Inspetor Urbanístico e no CEDEX, param realizar uma atualização da base de dados sobre a Mobilidade Urbana Sustentável na España.
Agora, em 2009, temos uma “beca” – bolsa de estudos, patrocinada pelo banco Santander, para a conclusão de nossa tese doutoral e umas oposições a contratos de trabalho público junto ao CEDEX e a o SEPES, que terão fases de seleção ao longo do primeiro semestre desse ano.
Assim, desde que estou aqui, já fui repartidor, troqueleiro, camareiro, jefe de obras, investigador e agora becário, sempre feliz e contente. Que juntados ao passado brasileiro, também fui ali estagiário, auxiliar de pesquisa, “pastapeiro”, engenheiro, dono de bar, sócio de empresa, porém desiludido e triste... – a grande diferença...
Foram dois anos de preparação para “desplugar-se” de toda uma realidade vivida. Acertar contas, desligar telefone, resolver os passivos, etc... Enfim, em janeiro de 2001, partimos para Londres, onde vivem meus sogros, que em princípio, seria uma parada estratégica, servindo como uma base de observação dos prováveis destinos. Voltar à Itália, nossa origem e onde temos família (irmã, tios, primos, etc...), a mim nunca me agradou muito, Portugal: talvez, España, já veríamos...
Foi então assim: Chegamos a Pineda de Mar em março de 2001 e dois dias depois eu já tinha um contrato de trabalho: “Repartidor” – Entregar pão – Era uma empresa de panifícios, a TAMENFO S.A. que supre uma rede de hotéis, hospitais e residências de terceira idade do litoral do Maresme. Ali ficamos até quando nos demos conta de que não conseguíamos encontrar um “piso” para viver, pois é uma região turística e não se alugam apartamentos por ano, com contratos, etc. e sim somente por semanas durante as temporadas (maio a setembro) e na casa dos amigos já não poderíamos mais ficar por motivos de convívio entre eles e conseqüentemente entre nós e eles... Fomos a Setubal em Portugal. Ali tinha um projeto pessoal de iniciar estudos na Universidade local, mas o destino nos fez voltar a Pineda. Então, já em final de temporada e sem muitas possibilidades de trabalho. Ali ainda fui “troquelador” em uma fábrica de embalagens e “camareiro” (garçom) em um hotel (Hotel Mèrce), que tenho muitas saudades deste período...
Passado isso, em 2002, me envolvi em um projeto que por diversas razoes não avançou - entre elas a maxidesvalorização do real talvez tenha sido a principal delas -, que seria o desenvolvimento de uma subsidiaria de um pequeno grupo de fabricantes de software de Curitiba, junto ao potencial mercado espanhol.
Em 2003, voltamos a Curitiba, onde pude trabalhar uma vez mais como engenheiro de origens rodoviárias, na área de planejamento de transporte público, mais especificamente no PIT/COMEC.
Tinha clara minha volta, terminado o projeto, para Madrid, onde já havia visto na ETSAM/UPM o doutorado que atualmente me encontro concluindo, mas, um probleminha de saúde (um melanoma cutâneo), me fez ficar uns meses mais por ali e finalmente em 2005, regressamos à España.
Desde ali, já trabalhei em 2 empresas construtoras, como “jefe de obra”, depois, na Universidade – no departamento de Urbanismo, em um projeto de pesquisa, que nos levou a apresentar um trabalho em um congresso internacional (Walk21 – Barcelona 2008), na Prefeitura de Madrid como Inspetor Urbanístico e no CEDEX, param realizar uma atualização da base de dados sobre a Mobilidade Urbana Sustentável na España.
Agora, em 2009, temos uma “beca” – bolsa de estudos, patrocinada pelo banco Santander, para a conclusão de nossa tese doutoral e umas oposições a contratos de trabalho público junto ao CEDEX e a o SEPES, que terão fases de seleção ao longo do primeiro semestre desse ano.
Assim, desde que estou aqui, já fui repartidor, troqueleiro, camareiro, jefe de obras, investigador e agora becário, sempre feliz e contente. Que juntados ao passado brasileiro, também fui ali estagiário, auxiliar de pesquisa, “pastapeiro”, engenheiro, dono de bar, sócio de empresa, porém desiludido e triste... – a grande diferença...
Amei o blog! Tá genial! Vou copiar...inté!
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