Os gentílicos populares dos madrileños (esse sim o gentílico para quem nasce em Madrid), tem origens na própria história da cidade.
Gato é o madrileño, que tem avós e pais madrileños também, ou seja, um local, sem ser fruto de imigrações internas, como andaluzes ou manchemos, que vieram em grande número nos finais do século XIX e mais recentemente no final da guerra civil.
Diz-se “gato”, pois a cidade amuralhada tinha pequenas janelas para que se pudesse vigiar e ao fecharem-se as portas no cair da noite, muitos que ainda não haviam retornado ao seu interior, obrigavam-se a fazer uma verdadeira peripécia para por essas janelas passarem e poderem então entrar na cidade. Agiam como se fossem gatos...
O Manolo (ou Manola) tem origem, já bem mais recentemente, e está ligado ao bairro de “Lavapiés” (antigo reduto judeu da cidade), e tem origem no batismo de muitos de seus descendentes, com o nome castiço de Manuel, para escaparem da expulsão em 1492 e assim hoje em dia, é comum chamarem-se entre madrileños de “Manolo” prá cá “Manolo” prá lá.
Rivalizando um pouco com esse termo, existem os “chulapos” (ou chulapas), que procedem do bairro de “Malasaña”, também no centro de Madrid, e que hoje é caracterizado pelo uso do traje típico das festas patronais (São Isidro) e consiste em um terno xadrez, com calças pretas e um boné xadrez para os homens e um vestido rodado com um chale bordado para as mulheres, que na cabeça levam a peineta.
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