sábado, 14 de febrero de 2009

A tese doutoral

Coloco esse tema como a terceira aventura, cuja trilogia será publicada no blog nos próximos dois sábados. É sem dúvida um dos grandes desafios que enfrentei (e ainda nao terminou). Não pela dificuldade, mas sim pelo processo em si. Sempre fui um pouco imediatista e fazer um PhD, implica em um processo todo e muito lento e gradual. As próximas duas serão: 2002 - XXV Maratona de Barcelona e 1983 – União da Vitória: Enchente do Rio Iguaçu.


2009, Madrid, dias de hoje. Eu comecei essa aventura em 2005. Um desejo pessoal (um dos motivos que segundo Umberto Eco levam a uma pessoa a escrever uma tese doutoral), que me parecia quase uma necessidade, pois quem seria eu, uma vez que deixei passar a oportunidade de seguir uma carreira “científica”, quando em 1981, cursei o CICTEN (Curso de Introdução em Ciência, Tecnologia e Engenharia Nuclear).

A escolha havia sido feita em 2002. O curso e tudo mais. Não fora antes, porque em 2003 resolvi voltar a Curitiba, depois de haver passado 3 anos na España (em Pineda de Mar – Barcelona) e me enrosquei um pouco com trabalho e um probleminha de saúde que nao me permitiram iniciar-lo em 2004 como gostaría.

Foi uma fase de docência, que representou um ano: 4 assinaturas no primeiro semestre e 3 no segundo – que para cada uma delas foi um graaaaande trabalho de conteúdo intelectual elevado e de propostas focadas tecnicamente em cada um dos temas das respectivas assinaturas. A seguir houve uma fase de investigação tutelada, outro ano completo, onde escrevemos uma tese – a qual, foi avaliada pelo nosso tutor e após isso, tivemos que apresentar a um tribunal de suficiência investigadora um projeto de tese doutoral, que uma vez aprovado, nos foi atribuído o M.Sc. (DEA – Diploma dfe Estudos Avançados).

Um ano de reflexão, formatação do projeto e agora em 2009, finalmente estamos arrancando com ele. Meu diretor da tese, felizmente (ou infelizmente), está no Chile desde setembro de 2008, que foi quando me pus a escrever e só regressará a Madrid no final deste mês, assim que estou andando sozinho... Tenho todo o trabalho formatado e dependerá de apoios de terceiros (Agentes públicos que aportam financiamento aos projetos de pesquisa – CEDEX, CMT, etc., no meu caso) a elaboração dos experimentos de campo.

Percorri, nesses 10 dias de trabalho de campo, algo em torno de 35 Km. Numa área de aproximadamente 25 hectares, cadastrando todos os comércios existentes, por tipo, que em um futuro serão entrevistados, que somadas às 100 entrevistas a usuários de transporte público (Metrô), pesquisa de valores imobiliários da mesma zona e a umas provas de navegação, irão compor a base de dados e pasmem, só em uma única área, se originaram 800 possíveis entrevistas, que se assim forem, irão representar algo como 16 mil ao todo e totalmente fora de propósito já que tinha eu em mente, elaborar umas 5 mil entrevistas em 20 áreas de estudo.

Assim, repensar o trabalho uma vez mais..., que pouco a pouco, me vai dando pinta de que vai acabar de maneira estupenda!

Essa pois é uma aventura bem comportada para uma pessoa de 50 anos e que ainda tem interesse em aprender a fazer um trabalho científico e que deseja que o mesmo, seja de alguma forma aproveitado.

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