sábado, 13 de febrero de 2010

Licitaçao TP-URBS



Enquanto os homens exercem seus podres poderes, motos e fuscas avançam os sinais vermelhos e perto deles somos uns bossais (Caetano Veloso).


Estamos com a melhor das boas intenções, nos mobilizando e atuando no sentido de impedir esse processo licitatório, que no mínimo não produz nenhum tipo de avanço à condição dos usuários de transporte público.

Não existe defesa dos direitos do usuário em nenhum momento. O instrumento do novo contrato, que passa de permissionários a concessionários os empresários do transporte, na verdade lhes outorga mais direito e mais poder.

Nós, usuários, teremos que nos submeter à interesses cada vez mais voltados aos proprietários das empresas do que a nós mesmos. A lotação admitida de 6 passageiros por metro quadrado é absurda, o loteamento da cidade é outro e nem se admite falar em integração temporal do bilhete.

Temos, portanto, o dever de atuar em nome da sociedade e em defesa de nossos interesses. O transporte público, sobretudo, em favor ao meio ambiente atua como um grande redutor das contaminações atmosféricas produzidas pelo uso dos automóveis particulares e em uma visão mais ampla ainda, é uma excelente ferramenta para obtenção de uma visão de comunidade.

Somos contrários a que se cumpra a licitação dentro das prerrogativas deste edital, por outro lado, nos parece extremamente necessária a licitação do Transporte Público, para que, em uma proposta de interesse social, se possa haver avanços na operação e gestão do transporte.

Não baixaremos a guarda, passado esse protocolo junto à URBS, no sentido de que se revise sua proposta, a fim de atuar em nome dos usuários e não em nome das empresas de ônibus, temos que voltar à carga com a questão da constituição do Conselho Municipal de Transporte Coletivo (CMTC) que foi nomeado pelo atual prefeito, em 17 de abril de 2009, cuja constituição não paritária entre atores da administração municipal e a sociedade civil, deixa a corda frouxa e os gestores e planificadores (URBS e IPPUC), atuam de forma soberana, sem dar ouvidos à população.

Temos aliados fortes, nessa empreita, que poderemos elencar, como o IAB-PR, CREA-PR, Ministério Público-Pr, SENGE-PR, Agenda 21, SEMA, MPL-Curitiba, CICLOVIDA-NPT-UFPr, UCB,, ArteBiciMob, Associação de Deficientes Físicos do Paraná, GTH, EcoForça, Bicicletada-Curitiba, Ciclovida, entre outras ONG´s e ativistas independentes.

Deveremos, pois seguir essa luta, que é em legítima defesa dos interesses públicos e em favor das melhorias tão necessárias ao transporte público municipal.

2 comentarios:

  1. Roberto
    Como já disse antes, você faz falta em Curitiba.
    Seu empenho, de tão longe, em motivar, orientar, sugerir, organizar e sustentar ações contra esse ato inacreditável da direção da URBS é extremamente importante.
    Vivendo agora na Espanha você sabe e pode fazer comparações.
    O edital URBS contraria tudo o que podemos imaginar e querer de bom para o nosso povo.
    Com certeza o esquadrão que você está formando não vai desistir da luta.

    Um grande abraço e parabéns.

    Cascaes
    Curitiba - 13.2.2010

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  2. Ghidini:
    Sua semente já germinou. Esperamos que o processo resulte em melhorias para a MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL.
    É a sociedade organizada fazendo sua parte.
    Estou batizando este tipo de ação como "NOVA REVOLUÇÃO".

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