jueves, 11 de febrero de 2010

Contrariando.



Contrariando ao que me disseram em certa ocasião, que eu deveria buscar para minha tese dados secundários quase que somente, ou seja, dados já cadastrados, ou seja, de fonte secundária, seguimos com nossa interessante investigação.


Dados secundários no Brasil, devemos ter muito cuidado. Fora o IBGE, quase nada mais é confiável. Em geral vêem associados a segundas intenções ou mesmo são produto de pesquisas direcionadas. Isso quando o que queremos saber existe alguma fonte de informação que geralmente não existe.

O IPPUC, a URBS e a COMEC, por exemplo, não têm dados sobre origem e destinos dos usuários da RIT (Rede Integrada de Transporte). Isso é algo mais ou menos assim como se um banco não sabe como é o movimento de suas agencias e quem são seus clientes. Bem por aí os bancos tampouco devem saber muito mais do que cobrar taxas e serviços do que quem são seus clientes.

Tentemos outro exemplo. Seria como se o presidente de um clube de futebol não soubesse quem é ou qual é o perfil de seus associados e as torcidas organizadas. Parece-me que o “Coxa” não tinha bem claro quem eram os bárbaros invasores da lamentável partida com o Fluminense na última rodada do brasileirão 2009.

Assim, que para conhecer os hábitos dos usuários de ônibus quando desembarcam no tubo e iniciam seu caminho pela rua, o único jeito mesmo é comprovarmos pessoalmente isso. Não existe informação de fonte secundária. Aí vem quem me disse certa vez e novamente diz: Mas para que saber isso?

É porque sou curioso e porque isso me pode dizer como é a influencia do usuário do transporte público no tecido urbano e como se inter-relaciona o uso do solo e o transporte. Parece? Mas que se pode esperar de quem pouco tem a oferecer?

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