jueves, 25 de junio de 2009

semi-final


45 minutos:


Jogo bastante igualado com 51% de posse de bola para a canarinha e com 7 chutes dos bafana bafana (1 "a puerta") e 6 do brasa (2 à meta). Outro gato morto? os morenos mais booth, booth, booth... comandos pelo ilústrixïmo Joel Santana e os brazucas do Dunga, com esquemas táticos inovadores em linhas diagonais, que em conjunto se movimentam como uma sanfona. Que será ao final dos 90 - ¡Ya lo veremos!


93 minutos:


Segunda parte muito parecida. Robinho mais solto e os "bafanas" gostando do jogo."Alves al final sentenció el partido. Y bafana bafana es quien va a ver las caras con la roja. Nosotros contra los yankees. Yes, we can!"


miércoles, 24 de junio de 2009

Annie Leibovitz

Depois de em 2007, haver visto a exposição Luis Ramón Marín. Obra gráfica 1904-1940 e haver freqüentado a um ciclo de debates sobre sua obra em 2008 e também em 2007 Retratos y paisajes de Martin Chambí e ainda em 2008 a Andy Wahrol e já em 2009 a Helmut Newton e “Tela roja para vestir de Helena Almeida, En tierras extrañas de Alex Hütte e Cámara de Thomas Demand em 2008 ainda e tantos outros, agora, babei na maravilhosa exposiçao da Leibovitz…

Vida de uma fotógrafa.

Nasceu em Waterbury, Connecticut, e em 1970 começou a realizar trabalhos para a revista Rolling Stone. Seu primeiro grande encargo foi a reportagem da primeira página sobre John Lennon. Em 1973 se tornou diretora de fotografia de Rolling Stone. Dez anos depois, quando deixou a revista, havia feito 142 portadas e ter publicado ensaios fotográficos para numerosas reportagens, incluindo seus memoráveis relatos da demissão de Richard Nixon e a “tour” dos Rolling Stones de 1975.

A exposição está composta por umas 200 fotografias originais, muitas delas trabalhos de grande formato e paisagens em preto e branco, assim como numerosas fotos da intimidade familiar e retratos de pequeno formato também em preto e branco, às que se somam centenas de pequenas fotografias que formam vários murais.

jueves, 18 de junio de 2009

Calcio x Futebol


Entre outras exclusividades dos meus conterrâneos como por exemplo ser o único pais do mundo onde se fala o italiano, coisa que não ocorre nem mesmo com o alemão, o cálcio é um esporte exclusivo.

Parecidíssimo ao futebol, porém se deveria jogar com um porrete (talvez igual ao de beisebol) na mão, e com um ônibus (talvez o que transporte o time até o local do jogo) estacionado na frente do gol.

Ou seja é um pseudo futebol onde o zero a zero vale um montão e ganhar é de 1x0. Sendo assim, difere totalmente do “jogo bonito”, que às vezes perde, mas encanta.

Agora no domingo os pentacampeões mundiais (do futebol) irão enfrentar aos tetracampeões mundiais (do cálcio), estes lutarão pela classificação e a “canarinha” por ser a primeira colocada, uma vez já classificada.

Assim vai a história: pernas duras contra o requebrado, mas a paixão pelos dois esportes sempre num único torneio. Acho que ta na hora de criar a FICA para o esporte dos paisanos, que pouco, muito pouco, pouco mesmo tem a ver com o jogo bonito e com o futebol...esperar e ver no que vai dar...

martes, 16 de junio de 2009

Pra refrescar...



Para nós “chuva-de-pedra” ou mesmo granizos, por aqui “granizada” é como chamam. Agora nessa época de verão, às vezes ocorrem e como a do ano passado, dificilmente verei outra – creio, pois com os câmbios climáticos já não se pode duvidar de mais nada, mas assim espero...

Era começo de setembro, meia noite e um tremendo calor. Estávamos em casa – por sorte – quando começou a chover forte e até pensei que bom um refresco para esse calor e logo o granizo, como jamais havia visto. Batia com força nas janelas no telhado – moro no segundo e último andar do prédio.

Logo nos demos conta que Giulianna ainda estava na rua. Em pouco tempo ela chegou e não entendeu nada, quando o metro, na estação antes que a nossa, passou por dentro d’água... enfim, ao descer aqui – moramos na saída do metro – é que ela se deu conta. A rua estava coberta de bolas de gelo de cinco cm de diâmetro, que pareciam de golfe.

Em casa, o gelo, havia entupido os condutores das calhas e a água transbordou para dentro do forro. Tivemos uma trabalheira por algumas horas tirando água em baldes e empurrando cama para lá e pra cá. Dia seguinte um pedreiro para revisar o telhado e reparar os estragos no forro, que teve que aguardar por umas duas semanas até secar para poder então ser pintado juntamente com algumas paredes do apartamento.

Os automóveis do bairro, muitos seguem até hoje, como se tivessem recebido centenas de marteladas. Meu carro (um Smart) mesmo sendo de plástico, não amassou, mas quebrou uma peça em dois lugares.

No metro, a estação que na noite ficou inundada, permaneceu algumas semanas fora de uso (sem parada) e algumas entradas de túneis dos vários que tem na cidade ficaram interditados um ou dois dias. Foi realmente algo que nunca tinha visto igual e ao final, dois dias depois já estavamos novamente com os mesmos 40º à sombra...

o ETA e a PAZ?!!!



E já tive amigos que me disseram assim: - “é, mas o problema aí na Espanha é o ETA”, como se não pudéssemos sair de casa com medo de ser assassinado...

Desde sua fundação em 1959 ETA (Euskadi Ta Askatasuna ) que em espanhol significa: País Vasco y Libertad, assassinou a 839 pessoas, das quais 353 eram civis (42%) y 486 polícia o militares (58%). Com tudo, desde 1978, ano da aprovação da atual Constituição espanhola, até 1995, das 623 vítimas desse período unicamente 10 eram políticos (1,6%).

Sem dúvida, desde 1995 dos 93 assassinatos cometidos 26 eram personalidades políticas (27,96%), dos quais 16 eram secretários, 5 dirigentes o ex-dirigentes de partidos não nacionalistas e 5 cargos institucionais. Disto se observa que ETA desde meio dos noventa apostou fortemente pelo assassinato de personagens da vida política frente a outros setores.

Assim, com dados de estudos segundo a publicação de ontem no Terra, podemos ver que o que o ETA assassinou em 50 anos (839) equivale a menos de 5 dias de matança em São Paulo (873)
[1] e acima de tudo, a luta “etarra” é política e tem lá suas causas, não é para roubar o que a injustiça social e a falta de moral cederam terreno e levam a isso.

O ETA é um anjinho da guarda, perto da bandidagem que tem por aí...

[1] 63.729 Assassinatos em 2007 equivalem a 174,6 por dia e por tanto 873 em 5 dias.

lunes, 15 de junio de 2009

Chega de violência!


Em meu último comentário falava em encontrar a paz...e hoje, abro o”Terra” e encontro guerra: - O terra magazine contará algumas histórias a partir de hoje deste fato lamentável que é a violência generalizada nas cidades do Brasil, que segundo outro artigo (esse publicado aqui em "El país" uns meses atrás) revela o mesmo.

Não é a toa, que meu filho, recém casado estreou casa e viu as compras da viagem de núpcias serem roubadas no terceiro dia que estavam habitando o novo lar...

Eis um dos motivos que me fizeram deixar o país! Mas os que ficaram e vao permanecer, têm que "lutar" pela paz...




Criminalidad y violencia urbana en Brasil (El País)

Con 32800 homicidios en 2002, Brasil se encuentra entre los 10 países del mundo que cuentan con las tasas de muerte por violencia más elevadas.

Con sus 20 homicidios por 100 mil habitantes, Brasil supera por más del doble la tasa mundial, de un promedio de 8.8, según World Health Organization. El pueblo brasileño está profundamente preocupado por el aumento de los índices de criminalidad en el país. En el Estado de São Paulo, entre los años 2000 y 2003, la población vió crecer :


· el número de asaltos a conductores de coche: 74%;
· el tráfico de drogas: 72%.
· la implicación de menores al crimen: 69%;
· los robos con efracción en residencias: 66%;
· los asaltos a vendedores de ônibus: 43%.


Otro estudio revela que, sumadas, Paris y Londres son equivalentes a São Paulo en número de habitantes. En estas ciudades fueron registradas apenas 270 homicidios en 2000, cuando en la capital paulista fueron 5300 (12638 en 2001), y en Rio de Janeiro 2600 (5227 en 2001).

Brasil: uma guerra urbana (Terra magazine)

O mito de país pacífico se confronta com as ruas, os medos, o cotidiano dos brasileiros. Uma constatação atravessa as diferentes bases de dados oficiais: o número de homicíos expõe uma guerra urbana invisível, quando muito exibida em sua face minúscula em sites, revistas, rádios, televisões e jornais. A cordialidade aparente do Brasil e das suas metrópoles não subsiste aos números da violência. Uma guerra por década. Uma só guerra por décadas.

Se nos anos 80 os acidentes de trânsito eram a principal causa externa dos óbitos masculinos, na década de 90, os homicídios assumiram a liderança. Mudou o perfil da mortalidade no país. Em vinte anos, o índice de mortalidade por homicídio cresceu 130%.

Em 2007, o bairro de Alto de Pinheiros, classes A e B de São Paulo, registrou 301 assassinatos. Mesmo ano, mesma cidade, outra realidade: 1.408 pessoas foram mortas em Brasilândia, na periferia paulistana. A somatória de homicídios em São Paulo naquele ano: 63.729. Ou, em taxas: 604 habitantes mortos/100 mil habitantes. Com 3 mil assassinatos em 2008, Recife segue sem políticas públicas eficientes; foi chamada de "capital brasileira dos assassinatos" pelo jornal britânico The Independent

sábado, 13 de junio de 2009

É preciso ser + Zen.

Bem lembrado o comentário do Hélio, que uso o teclado para vomitar e não engulo nada... e que há mais 35 anos marcamos uma briga no final de uma festa no Círculo Militar... que felizmente nunca ocorreu...

Hoje enquanto vinha de metro para casa, pensava nisso, antes mesmo de ler o comentário que na verdade é de elogios aos 100 artigos e até mesmo ao meu temperamento agressivo... mas, o que eu pensava era que o mundo moveu-se até recentemente por lutas entre povos e que imagino que a sociedade industrial foi quem introduziu a “paz” no mundo, com o objetivo comercial.

Isso talvez tenha algum sentido, pois não compramos de uma pessoa que nos é hostil, mas compramos de quem nos trata bem (a máxima: “o cliente tem sempre razão”!).

Os negócios anteriores ao mundo industrial tinham como objeto a necessidade e então o tratamento era mera contingência, pois em cada parte do mundo se produziam distintas coisas – seda e ópio na China, no báltico os pescados, a pimenta na Índia, etc. – e assim foi até que o consumo se transladou ao dispensável.

Não sei, quem sabe “eu precise encontrar a paz” (Leve como o vento – Antonio Adolfo, 1972) mas sou mesmo briguento e sempre acho que umas porradas, resolvem muito mais do que 5 milhões de palavras, de motivos eruditos e de boas maneiras...

Acho que sou mesmo um bicho, nesse mundo atual, polido e fraterno, no qual minhas atitudes talvez não combinem muito bem.

miércoles, 10 de junio de 2009

100 causa(os)!

A conclusão é que sou capaz de escrever sobre uma centena de assuntos – sobre amigos e inimigos, sobre grana e pobreza, sobre a direita e a esquerda, sobre o Corinthias, sobre a Ferrari, sobre urbanismo, sobre o medo, o risco e o perigo, sobre o Mangue, sobre Chico Sciense, sobre Caetano Veloso.

Sobre o tempo que estive recentemente no Brasil – e já foi suficiente..., sobre toureiros, suas roupas, as alfaiatarias e as bordadeiras das suas roupas, sobre o conformismo dos brasileiros, sobre minha família e sobre as relações entre os filhos e seus amigos. Faço minhas críticas, não só aos “Curitibocas”, mas também aos “Chulapos”, exalto os contrastes e fico muito indignado com a falta de consideração que o Brasil tem para com os brasileiros que vivem fora de seu país. Nosso consulado daqui é uma vergonha!

Insinuo o arrependimento de ter vivido tanto tempo no Brasil e não tê-lo deixado antes, falo do começo da primavera por aqui e sua semelhança com o começo da primavera no Japão. A “tra-fa-cu”, o “Despertar dos Mágicos”, Lula e Obama, a Sexta-feira 13, o auto-endeusamento dos arquitetos e a casa dos mistérios do Vale do Silício.

Repito temas como os livros de Sennett – que não foram os únicos que li, mas que me perturba saber que outros devessem ao menos ter notícia, sobre a “Era de Aquarius” e sobre o “Rascunho da Bíblia” e sobre as “Slow-cittàs”

Já escrevi sobre os costumes, festas e tradições espanholas, sobre a história, geografia, características populares, acontecimento locais, pontos de interesse, atividades daqui, etc... Também sobre minha tese, sobre a maratona que corri, a enchente de 1983 em União da Vitória... todos meus atos heróicos... A admiração que tenho por Madrid, por sua gente, pelos seus costumes seu modo de vida, que por vezes, gostaria que aí fosse um pouco mais parecido com aqui.

Vou seguir outros 100, 1000, sei lá, enquanto me vier assunto, dos mais babacas e menos úteis, aos mais interessantes, dos mais toscos aos mais científicos, da realidade à ficção, do concreto ao abstrato e do lúdico ao pragmático.

Aos que leram, lêem ou ainda lerão: - obrigado por compartilhar essa centena de “causos” e espero que possam seguir fazendo aos que se vão suceder. Admiro todos os comentários recebidos e publicados...

RG

Deflação: um grande perigo?

Os economistas pintam como um sério problema, a idéia que uma sucessão de baixas dos preços ao varejo possa representar um sério desaquecimento no consumo, visto que os consumidores deixariam para compra logo mais, haja vista que os preços poderiam ser menor mês que vem e que isso desaqueceria a economia e claro com o passar do tempo reduziria inclusive aos salários que tem seu valor (atualmente) determinado pelo IPC (e não pela mais valia marxista).

Já virei torcedor da deflação... Tomara que amanhã esteja mais barato que hoje, e que tudo diminua de valor: - Preços, salários, etc. – Quem sabe um dólar volte a representar a remuneração por um dia de trabalho e que “ganhar um milhão de dólares” signifique realmente “bamburrar” e não como hoje, que é mais ou menos o que uns 50 caras ganham e perdem por dia jogando em Las Vegas ou o preço de um apartamentinho em qualquer cidade global.

Deflação!...pumpumpum...
Deflação!...pumpumpum!!!!...
ÊôêÔ..a deflação é um terror...

martes, 9 de junio de 2009

À direita...


El descalabro sufrido el domingo por los socialistas en las elecciones a la Eurocámara deja el destino de la Unión Europea en manos de los conservadores en plena crisis económica e institucional. Las elecciones abren una nueva etapa en la construcción europea marcada por el alejamiento de los ciudadanos del proyecto de la UE. Los partidos conservadores, agrupados en el Partido Popular Europeo (PPE) y el nuevo grupo parlamentario de los tories británicos, sumarán más de 320 escaños en el Parlamento de Estrasburgo, situándose en una posición óptima para decidir los nombramientos de los futuros dirigentes de la UE. El primero, el de José Manuel Durão Barroso para un nuevo mandato como presidente de la Comisión Europea. La izquierda ha sido incapaz de articular un discurso europeo frente a la crisis que movilizase a sus votantes. En Reino Unido ha sufrido una derrota histórica.[1]

O avanço dos conservadores em minha opinião deve-se ao atual distanciamento existente entre os partidos progressistas (de esquerda e centro esquerda) da realidade atual. As ditas ajudas sociais que os governos como o caso os “laboristas” ingleses do Tony Blair e agora do Gordon Brown – o maior derrotado nesta eleição mostra claramente isso.

Distantes de ser algo realmente social, as migalhas distribuídas a um enorme contingente da população que de certa forma passiva se aproveitava da situação, fez com que milhões de libras fossem distribuídas sem um critério que pudesse ser racionalmente aceito, mesmo pelos simpatizantes com o partido.


Esse distanciamento entre ajudas concretas e necessárias e ajudas desconcertadas produziu igual que a crise financeira, um desemprego útil. Explico: Muitas famílias de baixa renda preferiram não trabalhar e cobrar as ajudas do que se sujeitarem a um baixo salário. – Se as ajudas fossem aos desempregados pela crise seria uma coisa, mas ao haver sido generalizada e já num passado, produziram o desempregado útil, que seguiu à margem do estado de direito e cobrando as “migalhinhas” – que em qualquer caso em sua somatória, passaram a representar grandes montas – e trabalhando sem contratos formais.

Ocorre que a maioria dos políticos de esquerda, não tem uma origem no seio desta sociedade dita “dependente”, que para ter acesso social, "depende" de um governo que lhes dê as oportunidades. São pessoas dotadas de uma formação social com desejos de mudanças sociais, mas que não sabe o “quanto dói uma saudade” e por tanto, suas ações são na verdade equivocadas e surtem um efeito repulsivo no âmbito de uma sociedade miscigenada e com diversos atores de interesses muitas vezes inclusive, antagônicos.

Os resultados europeus puseram em relevo essa incapacidade dos socialistas em formular uma estratégia própria frente à grave recessão econômica. Saíram ganhando Sílvio Berlusconi, Nicolas Sarkozy, David Cameron e Angela Merkel e perdendo Zapatero e Brown. O grupo que maior crescimento registrou foram “os verdes” (52 deputados) que pretendem através de seu líder Cohn-Bendit criar uma maioria suficiente no parlamento europeu com a finalidade de impedir que Barroso desempenhe um segundo mandato presidencial da Comissão Européia. Para tanto, estão dispostos a negociar com os socialistas, os liberais e a esquerda unitária que também viu registrar um enorme descenso ao passar de 41 a 33 deputados.


[1] El país – 9 de junho de 2009.

domingo, 7 de junio de 2009

Indestrutível!





Isso mesmo: mais forte do que um touro, mais duro do que o kevlar, mais sólido que o plutônio é a minha família...



Os Ghidini, desde mim, Roberto Ghidini Júnior, somos indestrutíveis. Passe o que passe, nada nos pode afetar. A família tem origens evidentemente no Ghidini (Roberto) de meu pai e patriarca deste clã. Ele, com uma formação familiar Mazzini & Ghidini (uma família de Parma e outra de Mantova) e do outro lado, o materno – Darif e Deconto (ambos venetos – sendo o da “Rif “ – da montanha dolomítica de Beluno, que já no Brasil, se casa com a família vicentina). Assoma-se a esse conjunto, do lado de Joy, os Stöeterau (Danes com bugre – do seu Ernest com a Dª Rita) que ao casar com os igualmente venetos de Basano Del Grappa – Bonamigo – talvés mais atrás espanhóis ou moros, pois se acaso italianos de origem seriam Buonamicco – assim se forma a atual família.

Somos algo, que nenhum mal pode nos acometer. Diferente dos ambíguos e rivais Darif que sempre se quiseram mal – não conheço dois na mesma linha, que se tenham dado bem e dos Bonamigos que da mesma maneira se comportam, igual que aos antecedentes Ghidini’s de Basilicagoiano – Parma tão pouco me parece que tenham tido um contato fraterno entre eles. Dos Deconto e dos Stöeterau, me limito a apenas nomeá-los, pois é parte deste tratado, mas não posso descrever suas relações, pois pouco conheço.

Entre nós, no entanto, meus descendentes diretos, a coisa vai por outra linha. Somos indestrutíveis. Somos e seremos sempre e a cada vez que algo a um de nós ocorra cada vez mais forte, unidos e fraternos. Sabemos que cada um de nós e parte de um todo e que esse todo é maior que a soma das individualidades. Assim, reagimos a toda e qualquer ação em sentido contrário e quando parece que algo nos possa vir a enfraquecer, o senso de auto-estima e de solidariedade nos une e nos fortalece cada vez mais.

Não existe tropeço que não possa ser reparado e não existe queda da qual não se possa levantar. Esse pequeno conjunto de pessoas, que assumo com total convicçao, que somos muito fortes e que nada nos vai abater. Fica aqui a certeza, da força única e indestrutível deste que é o maior dos coletivos sociais do planeta: “nossa família”.

jueves, 4 de junio de 2009

Mangue - Chico Science



Uma simples homenagem ao poeta Chico Science
Texto extraido do CD da Lama ao Caos 1994


Mangue - o conceito.
Estuário. Parte terminal de um rio ou lagoa. Porção do rio com água salobra. Em suas margens se encontram os manguezais, comunidades de plantas tropicais ou subtropicais inundadas pelos movimentos das marés. Pela troca de matéria orgânica entre água doce e a água salgada, os mangues estão entre os ecossistemas mais produtivos do mundo.
Estima-se que duas mil espécies de microorganismos e animais vertebrados e invertebrados estejam associados à vegetação do mangue. Os estuários fornecem áreas de desova e criação para dois terços da produção anual de pescados do mundo inteiro. Pelo menos oitenta espécies comercialmente importantes dependem dos alagadiços costeiros.
Não é por acaso que os mangues são considerados um elo básico da cadeia alimentar marinha. Apesar das muriçocas, mosquitos e mutucas, inimigos das donas de casa para os cientistas os mangues são tidos como os símbolos de fertilidade diversidade e riqueza.


Manguetown - a cidade.
A planície costeira onde a cidade do recife foi fundada é cortada por seis rios. Após a expulsão dos holandeses no século XVVII a (ex9 cidade “mauricia” passou a crescer desordenadamente às custas do aterramento indiscriminado e da destruição dos seus manguezais.
Em contrapartida o desvio irresistível de uma cínica noção de “progresso” que elevou a cidade ao posto de metrópole do Nordeste, não tardou a revelar sua fragilidade.
Bastaram pequenas mudanças nos “ventos” da história para que os primeiros sinais de esclerose econômica se manifestassem no início dos anos 60. Nos últimos trinta anos a síndrome da estagnação aliada à permanência do mito da “metrópole”, só tem levado ao agravamento acelerado do quadro de miséria e caos urbano.
O Recife detém hoje o maior índice de desemprego do país. Mais da metade dos seus habitantes moram em favelas e alagados. Segundo segundo um estudo de um instituto de estudos populacionais de Washington, é hoje quarta pior cidade do mundo para se viver.


Mangue - a cena.
Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico pra saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruir as suas veias. O modo mais rápido, também de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar seus rios e aterrar seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paraliza as cidade? Como devolver o ânimo deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias de Recife.
Em meados de 91 começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de idéias pop. O objetivo é engendrar um “círculo energético” capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop. Imagem símbolo uma antena parabólica enfiada na lama.Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em quadrinhos, TV interativa, anti-psiquiatria, Bezerra da Silva, Hip-Hop, midiotia, artismo, musica de rua, John Coltrane, acaso, sexo não virtual, conflitos étnicos e todos os avanços da química aplicada no terreno da alteração e expansão da consciência.

miércoles, 3 de junio de 2009

Haja sofismo.



Disseminação de idéias e aceitação popular – o paradigma dos governantes sobre o transporte público.



Considerando o fato de que o povo curitibano viveu nas últimas 3 décadas, entre as decisões e o comando de dois “sofistas” que foram respectivamente prefeito da cidade e governador do estado por períodos alternados e que manifestam opiniões das quais julgam ter sempre total razão, selecionamos dois comentários de nossos ilustres mandatários:

O primeiro, Sr. Jaime Lerner, que ostenta a virtude de ser o criador do BRT, segue afirmando nos dias de hoje "que o sistema BRT de Curitiba, tem a mesma capacidade que o metrô de São Paulo" e que uma vez que transporta 300 passageiros (dado esse que está em contrário ao que determina a lei nº 12.597 de janeiro de 2008, que determina em 230 passageiros o limite dos bi-articulados) e que tendo uma freqüência de 30 segundos – assim transportaria algo como 36 mil passageiros por hora
[1] – outro dado inconsistente, pois a freqüência é de quando muito 1 minuto, já que as manobras de parada, abertura de portas, desembarque, embarque e retomada do movimento, demandam pelo menos 30 segundos, além do intervalo entre os veículos propriamente dito, assim, na verdade o número é algo de no máximo 13.800 passageiros/hora. Há que considerar porém, que na hora de pico, o sistema, no corredor Sul, atinge com 67 veículos por hora, a uma demanda de aproximadamente 38 mil passageiros, devido aos embarques e desembarques que ocorrem ao longo do percurso, neste momento a frequencia que é a máxima do sistema é de 50 segundos (67veic./hora).

O outro, nosso atual governador, Sr. Roberto Requião, pós-graduado em Planejamento Urbano com estudos providos pela Fundação Getúlio Vargas afirma que: “... o modelo de Curitiba se baseia no conceito do marquês de Soria na Espanha e que o sistema de Curitiba “aprende” com o modelo trinário da Finlândia, que é o princípio da cidade de Soria, localizada a aproximadamente 120 Km de Madrid e que este eixo trinário teria a responsabilidade da distribuição da água, da energia elétrica e da coleta de lixo e que a cidade teria um crescimento indefinido nos dois sentidos...”
[2].

Absolutamente nada disso é verdade. – A cidade linear de Arturo Soria y Mata, que nunca foi marquês, projetada e executada entre 1894 e 1903, na zona noroeste de Madrid e nao em Soria, com uma dicotomia de cidade e campo, tinha o perfil das cidades jardins (Ebenezer Howard), nada a ver com a Finlândia por tanto, mas na realidade o transporte, bem como os serviços públicos concentrava em um eixo ao longo do qual existia um bulevar e neste um “tranvía” (bonde) promoveria o deslocamento diário dos moradores. A Ciudad Lineal, segundo a maioria dos autores é o primeiro modelo de uma “cidade orientada ao transporte público”
[3].

[1] Entrevista ao “streetfilms” (http://www.streetfilms.org/archives/curitibas-brt/), em 31.03.2009
[2] Trecho do discurso do Exmo. Governador, proferido na abertura do 1º Seminário Internacional de Gestão Metropolitana – Curitiba, 27.07.2008
[3] As cidades orientadas ao transporte público formam um coletivo que colocam em destaque não só a necessidade de um planejamento coordenado da cidade e seu transporte público, senão, mais que ainda, idealizar normas e desenhos urbanos que se estruturem em função das redes de transporte público, direcionando a cidade a uma melhor condição de vida sustentável ou de sustentabilidade urbana.

martes, 2 de junio de 2009

...kkk...a GM sifú!


Enfim, a GM quebrou! – e ótimo que passe o mesmo com todas as demais (Ford, FIAT, Chrysler, Honda, etc.). Automóveis, deveriam restar apenas os Rolls Royce, as Ferraris e algumas outras jóias de milhões de dólares. Isso não é coisa para pobre e sim deveria ser um privilégio de milionários apenas...

Nós deveremos usar o transporte público ou então movermo-nos a pé ou em bici. Chega de contaminar o mundo e inflacionar o trabalho. O automóvel é o principal responsável pelo aquecimento global, pela emissão de CO2 e também pelos perversos efeitos sociais do “eu tenho e você não” ou “o meu é melhor que o teu”... Símbolo do sucesso e da vitória pessoal, o automóvel deve ser extinto como foram os dinossauros (aliás, o consumo do combustível fóssil já alenta essa temática).

Aqui na España, meu primeiro grande “reproche” ao governo “Zapatero” – uma ajuda de 2 mil euros para a compra de um automóvel novo – isso para manter os empregos (todos uns empregos “basura”) nas montadoras, nas revendas, enfim no ciclo produtivo desse mal do século XX e que hoje já é “démodé”... As pessoas necessitam de tempo e não de trabalho e muito menos de automóvel...

Evidentemente, não posso ser ingênuo e pensar que a GM de hoje em diante não mais fabricará seus gran-sedans, mas já é um começo. Embora, igual que com os bancos, os governos irão ajudar sem medir esforços a esses elefantes brancos.

Sou contra e não adianta! – Fora aos veículos privados, normalmente chamados de carros !!!

lunes, 1 de junio de 2009

041 ano XI


Dia 25 passado, fez onze anos, que tive meu escritório invadido por um grupo de jovens publicitários – ainda estudantes da PUC – que de assalto, tomaram o protagonismo do espaço.

Tudo começou, quando o Beto (meu filho), juntamente com o Luix, o Déco e o Goose, iniciaram uma agencia...depois, somaram-se o Alyson e o Everton: Nascia assim a “zero quatro um”.

Naquele momento, meu escritório estava “habitado” por mim e pelo arquiteto O.R.. Estávamos com alguns projetos e obras em conjunto. A galera da nova agência, foi pouco apouco, tomando conta do espaço e logo nos vimos “acojonados” e sem muita força para revertemos o painel. Eles recebiam dezenas de visitas diárias, tinham dúzias de projetos publicitários e a loucura normal da idade universitária.

Assim, o O.R. , sabiamente, depois de quase dois anos de convívio e algumas atividades que fizemos muito interessantes, como o Centro de Convenções da Igreja de Órleans, a sede do Conselho Regional de Psicologia entre outras, foi trabalhar em casa. Eu, segui a “lidia” e fui nomeado o “sétimo mosqueteiro” da ZQU.

Hoje, cada um na sua, a 041 é uma saudosa lembrança, um deles em atividade docente, 3 em atividades publicitárias e outros dois no ramo empresarial, mas quando estão juntos, é uma tremenda onda de energia que rola. Pude comprovar isso recentemente, quando em uma festa surpresa da boda do Beto, a menos do Luix, que deu "no show", os demais, tocaram um horror...