martes, 9 de junio de 2009

À direita...


El descalabro sufrido el domingo por los socialistas en las elecciones a la Eurocámara deja el destino de la Unión Europea en manos de los conservadores en plena crisis económica e institucional. Las elecciones abren una nueva etapa en la construcción europea marcada por el alejamiento de los ciudadanos del proyecto de la UE. Los partidos conservadores, agrupados en el Partido Popular Europeo (PPE) y el nuevo grupo parlamentario de los tories británicos, sumarán más de 320 escaños en el Parlamento de Estrasburgo, situándose en una posición óptima para decidir los nombramientos de los futuros dirigentes de la UE. El primero, el de José Manuel Durão Barroso para un nuevo mandato como presidente de la Comisión Europea. La izquierda ha sido incapaz de articular un discurso europeo frente a la crisis que movilizase a sus votantes. En Reino Unido ha sufrido una derrota histórica.[1]

O avanço dos conservadores em minha opinião deve-se ao atual distanciamento existente entre os partidos progressistas (de esquerda e centro esquerda) da realidade atual. As ditas ajudas sociais que os governos como o caso os “laboristas” ingleses do Tony Blair e agora do Gordon Brown – o maior derrotado nesta eleição mostra claramente isso.

Distantes de ser algo realmente social, as migalhas distribuídas a um enorme contingente da população que de certa forma passiva se aproveitava da situação, fez com que milhões de libras fossem distribuídas sem um critério que pudesse ser racionalmente aceito, mesmo pelos simpatizantes com o partido.


Esse distanciamento entre ajudas concretas e necessárias e ajudas desconcertadas produziu igual que a crise financeira, um desemprego útil. Explico: Muitas famílias de baixa renda preferiram não trabalhar e cobrar as ajudas do que se sujeitarem a um baixo salário. – Se as ajudas fossem aos desempregados pela crise seria uma coisa, mas ao haver sido generalizada e já num passado, produziram o desempregado útil, que seguiu à margem do estado de direito e cobrando as “migalhinhas” – que em qualquer caso em sua somatória, passaram a representar grandes montas – e trabalhando sem contratos formais.

Ocorre que a maioria dos políticos de esquerda, não tem uma origem no seio desta sociedade dita “dependente”, que para ter acesso social, "depende" de um governo que lhes dê as oportunidades. São pessoas dotadas de uma formação social com desejos de mudanças sociais, mas que não sabe o “quanto dói uma saudade” e por tanto, suas ações são na verdade equivocadas e surtem um efeito repulsivo no âmbito de uma sociedade miscigenada e com diversos atores de interesses muitas vezes inclusive, antagônicos.

Os resultados europeus puseram em relevo essa incapacidade dos socialistas em formular uma estratégia própria frente à grave recessão econômica. Saíram ganhando Sílvio Berlusconi, Nicolas Sarkozy, David Cameron e Angela Merkel e perdendo Zapatero e Brown. O grupo que maior crescimento registrou foram “os verdes” (52 deputados) que pretendem através de seu líder Cohn-Bendit criar uma maioria suficiente no parlamento europeu com a finalidade de impedir que Barroso desempenhe um segundo mandato presidencial da Comissão Européia. Para tanto, estão dispostos a negociar com os socialistas, os liberais e a esquerda unitária que também viu registrar um enorme descenso ao passar de 41 a 33 deputados.


[1] El país – 9 de junho de 2009.

1 comentario:

  1. É possível que os "conservadores" - nome da direita européia, posto que até a direita é meio que esquerda perto dos republicanos e democratas estadosunidenses - tenham perdido espaço devido a velha dicotomia entre direita e esquerda. Se um não está funcionando, vamos optar pelo outro.
    De fato, concordo que há uma distância entre a esquerda e a realidade atual, mas os conservadores, com a política de ostracismo e xenofobia certamente não trarão avanços.
    No Brasil, temos visto a esquerda avançar bastante, porém não tanto quanto o compromisso social e de desenvolvimento sustentável do país. Conversando com lideranças de movimentos sociais, percebi que há grande decepção com nossa organização social, que acabou assimilando a política assistencialista em diversos níveis: desde o beneficiário do bolsa família (que não é o miserável, mas muitas vezes m.o. útil que, como aí, se abstem de registrar-se em um emprego para manter o bolsa), até os políticos que nomeiam/ beneficiam parentes e desenvolvem artifícios geniais para maximizar suas verbas indenizatórias.
    Eu posso dizer que a esquerda nepota é uma realidade tolerada aqui. Governantes (especialmente o do Paraná) só vêem em seus parentes a confiança para execução de projetos de responsabilidade, comprometendo assim a diversidade e a democracia.
    Por outro lado, o LULA em si, se não loteia cargos para parentes, tem na verdade beneficiado diretamente os negócios do filho na área da telefonia, permitindo a fusão de teles, com a consequente cartelização do setor. Esses benefícios diretos a parente foram expandidos a amigos, havendo agora possível cartelização da proteína (Sadia+Perdigão = carne suína e aves - e ovos). A porteira abriu de vez com a compra da Ponto Frio pelo Pão de Açúcar - leia-se cartelização da distribuição e varejo. O CADE é inexpressivo e não se pronuncia, ou talvez se pronuncie mas não tem força alguma, é pior que o coitado do Carlos Minc.
    Enfim, nem esquerda nem direita. Precisamos sim de uma reforma política tanto quanto precisamos crescer politicamente, lutando por ideais e não por ideologias e acima de tudo tentando compreender que agora a humanidade tem mais um probleminha impertinente: o meio ambiente.

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