domingo, 27 de diciembre de 2009

Minha Rua (2)

O segundo tema é a calçada.

Interessante comentar a diferença lingüística entre o português e o espanhol neste caso, pois no Brasil, temos calçada como a parte destinada ao pedestre e pavimento a destinada ao veículo. Já em espanhol, chama-se “calzada” o pavimento onde trafegam os automóveis e “aceras” onde andam os “peatones” ou pedestres.

Assim aqui, queremos tratar da parte da via onde andam as pessoas e não os automóveis, as nossas calçadas ou as aceras espanholas.

Em Curitiba, existem vários tipos de pavimentação para as calçadas, que segundo a legislação atual, é de responsabilidade dos proprietários a sua construção e conservação de acordo com a tipologia determinada pelo zoneamento municipal. Na “minha rua” de Curitiba, o padrão é a “pedra lascada”, algo que fica entre o neolítico e o mundo feudal, creio, pois seu padrão de conforto ao usuário é nulo.

Existem poucas calçadas em Curitiba, que conseguem responder ao quesito conforto de forma satisfatória, porém esse padrão é sem dúvida um dos piores, se não o pior deles.

Com relação à fluidez e a segurança, verificamos também no caso da Av. Manoel Ribas, vários problemas de interferência do mobiliário urbano que por vezes impede o fluxo de forma aceitável (em especial aos portadores de mobilidade reduzida) e podem ser obstáculos causadores de acidentes.

Como a responsabilidade legal (embora nesta minha rua, quem construiu em outras épocas a calçada foi a municipalidade), fica a prefeitura isenta de qualquer ônus que venha a ocorrer a um munícipe por um acidente na calçada. Aliás, conheço várias pessoas que nas mercês (inclusive na Av. Manoel Ribas), sofreram quedas e que nunca se recuperaram, por problemas da idade e da osteoporose a 100%. Cito o Comandante Ruy Carlos Lemoine (visinho – 90 anos), a Sra. Marly Theresa Darif (prima – 65 anos) e o Zaca Fuentes (amigo – 51 anos).


Mobiliário urbano conflitante com a fluidez.



Irregularidade do piso e falta de manutenção.

Em Madrid, mesmo em ruas estreitas, os itens, fluidez, conforto e segurança, são assegurados na maioria das calçadas. Na Rua General Ricardos, o piso é formado por vários padrões de elementos “cimentícios”, que para cada situação existe um piso próprio, mas o principal é o desenho da rua:

Temos um espaço, junto à via de circulação de veículos, que se destina à colocação do mobiliário urbano (+/- 2,0 m) e um outro, mais próximo às edificações, que no caso não existe recuo no terreno, destinado à circulação das pessoas, que então não existe nenhum elemento conflitante (+/- 3,0m), garantindo assim a total fluidez.

Quanto ao conforto e segurança, tem-se normalmente, a disposição de um banco, uma papeleira e uma luminária, juntos, e sempre que possível, a cada 50 metros entre um conjunto e outro, garantindo assim o descanso de quem queira em lugar onde se possa permanecer (mesmo à noite), com segurança.

O mobiliário urbano, além de colocado nesta faixa que mencionamos anteriormente, procura ser desenhado, de forma que os portadores de mobilidade reduzida (especialmente aos deficientes visuais), não sofram impactos por não percebê-los de forma correta (caso dos orelhões brasileiros, que têm um “pé” de 10 cm de diâmetro e em cima são o que são...).



Qualidade do pavimento – Segurança.



Desenho da via – circulação/mobiliário

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