martes, 6 de octubre de 2009

Caminhabilidade II


Caminhabilidade: é uma qualidade do lugar. O caminho que permite ao “peatón” uma boa acessibilidade às diferentes partes da cidade, garantindo às crianças, aos idosos, às pessoas com dificuldades de locomoção e a todos. A caminhabilidade deve proporcionar uma motivação e induzir mais pessoas a fazê-lo, restabelecendo suas relações interdependentes, com suas ruas e bairros e comprometendo-se pessoalmente para reconstruir seu local físico e social e infra-estruturas, tão necessários à vida humana e a ecologia das comunidades.

A busca por uma cidade sustentável deverá sem dúvida considerar a recuperação da caminhabilidade como um objetivo na mobilidade e na acessibilidade, pois caminhando nos encontramos com os vizinhos, com pessoas de outros lugares, não contaminamos o meio ambiente e muitas vezes, chegamos ao destino mais rapidamente que se utilizássemos o automóvel e até mesmo o transporte público.
Em Curitiba enfrentamos marcos legais, que através de leis (em específico a Lei n° 8.365/93 – “Dispõe sobre a construção, reconstrução e conservação de passeios, tapumes, estandes de venda e vedação de terrenos”) que imputa a obrigação de construir e manter o passeio ou calçada ao proprietário, bem como de outras naturezas, como o fato de nem sequer os empresários de ônibus darem-se conta de que é caminhando que se vem ou se vai ao ponto de ônibus uma vez que o transporte público não é “porta-a-porta” e não terem eles (SETRANSP) também, nenhuma estratégia ou lobby para modificar essa esdrúxula lei que seria em principio de interesse de seus negócios.

Assim, vamos vivendo em uma cidade injusta, que em meu trabalho de Suficiência investigadora (Curitiba: Verdade ou mentira?), consegui demonstrar que na cidade, tudo sempre foi fachada e interesses de grupos – nada mais que isso – e andar a pé e pegar o ônibus é coisa de pobre, que nem bem imposto paga (mentira, pois é talvez o que mais pague) e, portanto que se dane: Essa há sido e me parece que continua sendo a tônica e forma de pensar do executivo e de grande parte do legislativo municipal.

Calçadas “caminháveis” e de responsabilidade da PMC, bem como o protagonismo da cena urbana por parte das pessoas e não do automóvel, não me parece ser demasiado absurdo querer e ao contrário me parece bastante justo pois sem o pedestre se perde o verdadeiro valor cenográfico da cidade e em conseqüência, a própria imagem da mesma...

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