Foi em 1989 que conheci a cidade Luz. Pareceu-me monumental. As marcas deixadas pelo barão Haussmann, o grande arquiteto de Napoleão, são visíveis até hoje. A cidade se estruturou dentro de um conceito de urbanismo sanitarista, que levou a cabo este cidadão, com a criação das grandes avenidas e bulevares que tomaram lugar às antigas e estreitas ruas da Paris medieval. Esta semana, 20 anos após, retornei a vê-la:
Paris que ao longo de sua história, esteve contida por sua muralha, que serviu a diferentes propósitos, segundo diferentes momentos históricos, viu no final do século XVII seu fim como peça de defesa contra os intentos de invasão. O objetivo da muralha era controlar as pessoas que viviam no interior da cidade. Por suas sessenta portas passariam os produtos e as manufaturas que então seriam taxados por impostos. Haussmann então construiu uma nova muralha legal, administrativa e residencial, que se diferenciava da anterior somente pelo fato de que já não era uma estrutura física.
O desenho da cidade idealizado por Haussmann propunha uma redução da mistura das classes sociais, dentro dos distritos. As subdivisões das moradias ocorridas espontaneamente, agora encontravam a oposição de forma a torná-las homogêneas. Uma sociedade de classes, esta foi a nova muralha que Haussmann ergueu entre os habitantes da cidade bem como em torno dela própria. Este reordenamento físico da cidade, posteriormente foi definido por Louis Wirth com o nome de segmentação e Robert Park define como sendo a criação de moléculas sociais.
O processo molecular implicou que mesmo com o crescimento da densidade, houve uma homogeneização das classes sociais e gerou a perda do contato cotidiano entre diferentes classes sociais e a cidade assim, evoluiu ao que vemos hoje.
Visitada atualmente por 26 milhões de turista ao ano, tem em suas grandes avenidas como a do Champs Élysées o Frances como a segunda língua mais falada. A cidade luz cresce ainda como a proposta pelo barão, que tem já duzentos anos e segue sendo vitoriosa.
Paris que ao longo de sua história, esteve contida por sua muralha, que serviu a diferentes propósitos, segundo diferentes momentos históricos, viu no final do século XVII seu fim como peça de defesa contra os intentos de invasão. O objetivo da muralha era controlar as pessoas que viviam no interior da cidade. Por suas sessenta portas passariam os produtos e as manufaturas que então seriam taxados por impostos. Haussmann então construiu uma nova muralha legal, administrativa e residencial, que se diferenciava da anterior somente pelo fato de que já não era uma estrutura física.
O desenho da cidade idealizado por Haussmann propunha uma redução da mistura das classes sociais, dentro dos distritos. As subdivisões das moradias ocorridas espontaneamente, agora encontravam a oposição de forma a torná-las homogêneas. Uma sociedade de classes, esta foi a nova muralha que Haussmann ergueu entre os habitantes da cidade bem como em torno dela própria. Este reordenamento físico da cidade, posteriormente foi definido por Louis Wirth com o nome de segmentação e Robert Park define como sendo a criação de moléculas sociais.
O processo molecular implicou que mesmo com o crescimento da densidade, houve uma homogeneização das classes sociais e gerou a perda do contato cotidiano entre diferentes classes sociais e a cidade assim, evoluiu ao que vemos hoje.
Visitada atualmente por 26 milhões de turista ao ano, tem em suas grandes avenidas como a do Champs Élysées o Frances como a segunda língua mais falada. A cidade luz cresce ainda como a proposta pelo barão, que tem já duzentos anos e segue sendo vitoriosa.
No hay comentarios:
Publicar un comentario