jueves, 27 de octubre de 2011

Caso e descaso - a mobilidade e o urbanismo

O CASO GERAL

A maioria dos planos urbanísticos vigentes em geral não toma em conta o transporte público y tampouco são integrados em escala metropolitana, ou seja, não existem políticas consonantes respeito a uso do solo e transporte nem também uma política comum entre todas as municipalidades das zonas metropolitanas.

Em raros casos, as atuações formalmente expressas através dos planos urbanísticos pactuam o desenvolvimento urbanístico e uso do solo com as infra-estruturas de transporte publico. Isto faz com que o aproveitamento do transporte público não seja valorizado no desenvolvimento urbano.

As políticas de interesse metropolitano, em geral, são quando muito, composições institucionais de diversas políticas municipais e não em ser uma política pluri-municipal adequada aos interesses de todas as municipalidades. São em última análise políticas compensatórias para os municípios prejudicados pelo processo de metropolinizaçao.

Em geral, os principais municípios – o núcleo da metrópole – têm consciência da sua importância no cenário metropolitano, ao mesmo tempo em que assume de forma direta ou indireta o controle de certos serviços públicos de interesse pluri-municipal, sem, todavia existir una clara definição institucional dos mesmos.

Uma das principais dificuldades para o desenvolvimento de modelos de gestão para regiões metropolitanas reside justo em definir claramente uma diferenciação do que é efetivamente de competência metropolitana, e o que é de competência local e então, para sua regulação como tal, a criação de marcos institucional e regulatório de maneira conjugada que atenda a estes objetivos metropolitanos.

O caso do transporte público, na medida em que se considera metropolitano, a regulação é algo mais simples, pois se trata de um serviço cujos passivos aos municípios da coroa metropolitana, são muitas vezes atenuados pela necessidade intrínseca do ato de transportar as pessoas nas duas direções seja para ir o voltar de casa ao trabalho em geral, porém sem dúvida, há que ter marcos regulatórios que não venham a ser nocivos a os municípios menores.

Em síntese, existem duas barreiras que têm que ser superadas no que são as políticas públicas com relação ao melhor aproveitamento do transporte público no desenvolvimento urbano, que são políticas compatíveis entre uso do solo com planos de transporte e gestionar e coordenar os serviços de transporte público a través de organismos supra-municipais[1].

Na mesma direção se propõe a criação de marcos regulatórios para as regiões metropolitanas[2] como a maneira de cotejar a questão operacional e legal do transporte público.


O CASO DE COPENHAGEN
   
A cidade de Copenhagen, constitui por seu "Finger Plan", um exemplo do esforço do planejamento de uma cidade a procura da cidade ideal, estruturando o crescimento urbano ao redor de linhas de via férrea, facilitando o uso deste meios principal de transporte motorizado e protegendo as áreas verdes localizadas entre os cinco corredores para onde transcorrem as vias. Eles nascem no centro de Copenhague e conforma a imagem dos dedos de uma mão.   
   
Copenhagen deveria entender-se num contexto como uma cidade relativamente grande em um país relativamente pequeno. A Grande Copenhague, localizada na Dinamarca oriental na ilha de Zelândia, tem uma população de aproximadamente 1,7 milhões de habitantes em uma nação de aproximadamente 5 milhões. Dentro dos 2.800 quilômetros quadrados, há cinco jurisdições: duas municipalidades centrais - a cidade de Copenhague e a cidade de Frederiksborg - que junto tem 500,000 residentes aproximadamente; Município de Copenhague, ao redor da cidade central, com 600,000 habitantes, e dois municípios externos, Frederiksborg e Roskilde, também com 600,000 residentes.     
   
A forma urbana e o desenho de Copenhagen são o produto de um tráfico ferroviário cuidadosamente integrado sob um desenvolvimento urbano, orquestrado  do "Plano dos Dedos" (1947) e suas subseqüentes atualizações.    
   
O crescimento urbano maior aconteceu ao longo dos cinco dedos, e até recentemente, as áreas verdes foram preservados intensivamente. Copenhagen permanece acessível facilmente por trem ao longo de todos os cinco dedos ". Muitos habitantes suburbanos vivem perto de um passeio apropriado para o pedestre ou de um passeio  com ônibus pelo o qual você pode chegar a uma estação ferroviária.    
   
O valor para criar a cidade orientada ao pedestre e a bicicleta é sublinhada pelas proporções inacreditavelmente altas de Copenhague nas viagens de acesso para as paradas do sistema de transporte de massa. Um estudo de 1994 de viagens de acesso para quinze estações suburbanas encontra como transporte dominante o caminhar para distâncias de até 1 quilômetro e registra entre 38% e 100% de viagens de acesso.    
   
A cidade de Copenhagen deu passos mais adiante durante anos passados para conter o tráfico do automóvel no centro. A decisão de dar prioridades aos pedestres e os ciclistas foi uma política de administrar a congestão. Pelo tráfico da cidade, os engenheiros procuraram para amenizar o uso do automóvel e manter a capacidade total das ruas na cidade central, constantes desde 1970. Como resultado, o tráfico medido em termos de quilômetros percorridos por ano, diminuiu 10 por cento em relação aos níveis de 1970. Além de estender o uso da bicicleta para a cidade e a criação de uma rede para o pedestre, a direção de tráfico de Copenhague deu ênfase à sinalização preferencial de caminhos reservados para os ônibus, o reagrupamento de estacionamento da rua na periferia, e a expansão e diversificação de ofertas do transporte público de massa (incluindo  os microônibus elétricos e o bonde novo). O objetivo da direção de tráfico não foi tanto remover automóveis da cidade, mas assegurar que não qualquer crescimento no número de viajantes nao seja traduzido em um aumento do tráfico do automóvel.     
   

[1]         Conclusões do I Congresso sobre Desenvolvimento Humano - Madri 2006
[2]        GOUVÊA, Ronaldo Guimarães, Políticas plurimunicipais: interesse local e interesse metropolitano, Revista da ANTP nº 111 – 3º Trimestre de 2006

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