Paradoxalmente, enquanto nos convencemos de que as cidades compactas são mais eficientes (consomem menos solo e têm menor necessidade de transporte, além de redes com menores extensões, embora de maiores dimensões...), existe sempre a questão da concentração excessiva.
Cidades compactas ou densas, aquelas com mais de 100 habitantes por hectare, inclusive alcançando os 200 hab./há, são aquelas, que sem dúvida têm os maiores índices de consumo por área evidentemente e, por conseguinte são aquelas, onde a tal pegada ecológica[1] é mais alta.
As cidades ocupam apenas 2% da superfície do planeta e atualmente abrigam 50% da população e segundo as projeções atuais, dão, a saber, que em 2050, serão 75% os moradores nas urbes. Atualmente também, as cidades criam 80% da riqueza planetária.
Assim, reduzir os impactos da ação humana, não implica simplesmente em cidades compactas, mas sim na distribuição mais uniforme em todo o planeta. Uma volta ao meio rural, à sociedade do não trabalho organizado como é no meio urbano. E no meio urbano, compacto, de forma urgente diminuir o consumo energético, fomentar o transporte público e eliminar o veículo privado,
Existem urbanistas que não vêem tanto problemas no crescimento urbano, mas sim em afrontar a pobreza e facilitar a todos água potável, saneamento, energia e transporte. Haverá também, que limitar o impacto ambiental causado pelo novo uso do solo convertido de agrícola a urbano...
[1] A expressão Pegada ecológica é uma tradução do Inglês “ecological footprint” e refere-se, em termos de divulgação ecológica, à quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações actuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população.
O termo foi primeiramente usado em 1992 por William Rees, um ecologista e professor canadense da Universidade de Colúmbia Britânica. Em 1995, Rees e Mathis Wackernagel publicaram o livro chamado Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth.
A pegada ecológica é atualmente usada ao redor do globo como um indicador de sustentabilidade ambiental. Pode ser usado para medir e gerenciar o uso de recursos através da economia. É comumente usado para explorar a sustentabilidade do estilo de vida de indivíduos, produtos e serviços, organizações, setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações.
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