viernes, 3 de diciembre de 2010

Dubai ou Gotham City?


Pois é…. sempre disse e repito: Eu seria capaz de morar em uma favela, mas jamais moraria em algo como essa cidade de Dubai e tantas outras (talvez até mesmo Brasília – onde já morei entre 1960 e 1962) feitas pelo homem, onde antes não havia nada – e olhe que Dubai tem a cidade velha com o bazar e a mesquita, etc… no padrão das cidades árabes. Deixo abaixo uma reflexão…


Hoy [...] la ciudad carece de [...] una definición clara. Parece que hay más fronteras dentro de la ciudad que entre la ciudad y el gran paisaje metropolitano [...] vastas áreas sin centro ni fronteras están entrelazadas por conexiones electrónicas invisibles con el Internet global. ¿Cómo una aglomeración así puede ser una ciudad? ¿Puede un asentamiento humano de este tipo enfocar e intensificar la vida humana, tal y como la vida de la ciudad lo hizo en el pasado? [...]
[1]


[1] Leitura feita por Thomas Bender, professor de humanidades da Universidad de New York do clássico de Garreau, Joel (1991), Edge City: Life on the New Frontier, Nueva York, Doubleday.

2 comentarios:

  1. Jamais tinha pensado nisso. Muito bem, faz muito sentido.


    Uma coisa que me chateia hj é que muita gente se ligou que as pessoas sentem falta da espontaneidade, da identidade real das coisas, daí se fabrica isso em massa. O que tem de bar aqui em Ctba que imita armazém da década de 50.... O cara vai lá, põe duas mesas, pendura um salame no teto, enche de máquinas de escrever, placas de carro antigas, odres, cantis, panelas de ferro, liquidificador velho e acha que é isso. E pior que o povo se conforma com esse pouco.


    Respeito gente e coisas que tem identidade própria, que entendem realmente a coisa em si, e que fazem o que julgam ser melhor, do modo que acham que é melhor, não necessariamente seguindo a manada. Hoje em dia é cada vez mais difícil gente que pensa. Tem gente que até acha que pensa, mas está meramente indo contra um sistema que de fato não entende. Vejo muito claro que tem gente que diz/age "ah, isso é moda, vou usar" e outros que "isso é moda, não uso nenfodendo, sou contracultura" e mal sabem que ambos estão no mesmo barco dos que andam na moda: um anda na moda que a TV mandou, o outro está na moda dos que acham que moda não vale nada, e tá instaurada a idiotice.

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  2. Dubai é um lugar interessantíssimo antropologicamente falando. Um lugar onde praticamente tudo é artificial.

    Gostei do paralelo exposto pelo Luix. A minha sensação, em relação a ambos os casos, é que se parecem com cenários da Disney: Disney mesquita, Disney anos 50, Disney México (bares temáticos de Ctba) e até Disney boteco...tudo muito bonitinho e superficial. Muito rótulo, muita embalagem.

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