O resultado das eleições gerais, ocorridas há uma semana na España há deixado claro, que o governo socialista encabeçado por José Luiz Rodriguez Zapatero, não foi capaz de ter aprovação popular. O desemprego atingiu os 22% da PEA (mais de 5 milhões de “parados”) e o estancamento do crescimento econômico se faz sentir em toda a cadeia de produção e consumo.
Os “populares”, eleitos com maioria absoluta, terão um enorme peso sobre seus ombros, que será o de ressuscitar o emprego – que, diga-se de passagem, tem uma péssima organização e gestão, desde sua estrutura laboral em si (forma de contrato e custos diretos) como também na qualidade dos recursos humanos, que são uma verdadeira loucura.
O setor que foi motor da economia española por muitos anos, desde o “boom” do final dos anos 80: “A construção civil”, que deu gás ao sistema financeiro e hipotecário e endividou boa parte da população trabalhadora, em mãos de 5 grandes empresas e com uma cadeia infinita de sub-contratados, quando do inicio da “crise”, decidiu que o “1 milhão” de apartamentos que tinham em estoque, seria suficiente para os próximos anos e que não mais iriam construir nada – a não ser obra contratada; e tiraram férias...
Os empregados do setor foram gradativamente perdendo seus postos de trabalho e em seguida por efeito dominó, os demais setores. As hipotecas deixaram de ser pagas e a morosidade deflagrou um grande numero de ações de despejo e uma situação de confrontação entre credores e devedores e as associações de mutuários e vizinhos, com a polícia e a justiça...
Vamos ver o que vai ocorrer em 2012. Se acaso se reaquece a “burbuja inmobiliaria” o desemprego seguramente diminuirá, porém o endividamento da população voltará a crescer através de novas e caras hipotecas. Se isso não ocorrer, dificilmente se restabelecerá os empregos (agricultura extensiva e mecanizada, indústria idem, comércio dependente do setor produtivo – tempos modernos!!!).
Esperar para ver com que armas irá o governo popular, encabeçado por Mariano Rajoy atacar aquilo que em minha modesta opinião já não existe mais: os empregos formais...
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